A publicidade, que utiliza técnicas de persuasão tão sofisticadas como falaciosas, consegue, literalmente, vender “gatos por lebre”. E não é como poderíamos imaginar, para consumidores simplórios ou ignorantes, pois, nesse quesito, nível de escolaridade e/ou renda importa muito pouco.
A “vacina” seria o cultivo de um senso crítico mais aguçado que mantivesse um nível de interatividade com o conteúdo veiculado que, embora pareça cansativo, talvez nos ajude a evitar fazer o papel de “bobo alegre”. Ainda tem o desafio da tal mensagem subliminar, hoje, dominante, que desafia qualquer habilidade, embora, tambem, passível de “defesa”.
Para ficar em um exemplo clássico, em recente Feira Internacional da Flores, em Tokio, (final de 2009), a vedete era uma “rosa azul”, com o nome de Suntory Blue Rose Applause, produto de “alta engenharia genética”. Está entre aspas por que, como em um processo hipnótico coletivo, a “rosa azul” era cor de rosa mesmo. É verdade! Os próprios apresentadores que davam a notícia do evento, tiraram sarro, discretamente, do absurdo (Globo News).
Na verdade, com muita boa vontade, dava para ver um leve sombreado na parte externa das pétalas de fora, mas nada que sugerisse outra coisa que não fosse a cor rosa das rosas, no máximo um leve tom violeta .Confira você mesmo na foto da EFE, agência de notícias européia.
Logo, ficar atento às manipulações da mídia e da publicidade é uma forma de, como falamos no princípio, não comprarmos gato por lebre e, o que é pior, ficarmos felizes e satisfeitos com isso.
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