quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que está acontecendo com as mulheres?

A emancipação feminina, quem diria, não é mais a mesma, ou pelo menos parece que não vem garantindo aquela felicidade que prometia trazer – pelo menos como espectativa – no princípio.

Estudo feito
pelo Genaral Social Survey nos EUA (20/09/2009) – feita desde 1972 – publicada, e comentada no The New York Times: Blue Is the New Black, concluiu que as mulheres estão mais tristes e infelizes do que há 30 anos atrás, quando começou o movimento de emancipação feminina. A pílula anticoncepcional, a inserção no mercado de trabalho, a liberdade sexual, parece que – com os “adereços” que trazem – vem deixando as mulheres mais insatisfeitas com as suas vidas e mais infelizes. O estudo vem causando muita polêmica, principalmente, nas tentativas de se identificar, mais especificamente as possíveis causas, em um esforço para negar o óbvio.

Apesar da tão propalada – e incompreensível – igualdade entre os homens e mulheres, tão cara à mídia e a publicidade, o fato é que a complexidade biológica e hormonal das mulheres, em certo sentido, torna-a mais vulnerável em seu novo papel e funções, notadamente, no mercado de trabalho. O inesperado é que na mesma proporção – dos pesquisados – os homens estão mais felizes e satisfeitos com a própria vida.

Segundo foi aferido pela pesquisa, um ponto que contribui para
a tristeza e infelicidade das mulheres é a excessiva sobrecarga a que se submetem em “rituais” de beleza e moda, aliado ao fato de que, com o avançar da idade, elas – apesar dos cuidados – vão gradualmente ficando “invisíveis” no que se refere ao sexo oposto, o que não ocorre com os homens, que parece não terem grandes problemas, também, nesta área.

Não deixa de ser surpreendente, principalmente quando dados de outra pesquisa feita pela
AOL, na Internet: “Women's love-hate work issues studied, e divulgada pelo New York Daily News (08/09/2009), dentre outros dados, aferiu que 57% das mulheres (EUA) declararam que gostariam de parar de trabalhar para ficar em casa e, 63% delas manteem os seus trabalho apenas pelo contracheque, já que eles não lhes trazem qualquer satisfação pessoal.

Todo processo revolucionário passa, necessariamente, por um período de radicalização no princípio, para depois encontrar um ponto de equilíbrio. Há já algum tempo, nos anos 90, a
Beth Fridam, uma das lideres e mentoras do movimento feminista, fez algumas declarações nas quais revia pontos fundamentais do movimento, principalmente o que o colocava como uma luta contra o homem o que, segundo ela, foi um grande equívoco, embora, na prática, a coisa não tenha mudado.

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