segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Made in China não é necessariamente chinês

Ideograma chinês: Trabalho árduo

Ainda é comum a rejeição – preconceito? – contra os produtos Made in China que invade, literalmente, todo o mundo há já algum tempo que, inclusive, contribui para detonar industrias diversas mundo à fora. O que é pouco divulgado é o fato de os produtos “chineses” não serem, em grande parte, chineses, pois, de olho em um mercado consumidor gigantesco – algo em torno de 1,2 bilhões de potenciais consumidores – aliado ao baixo custo de produção e leis trabalhistas flexíveis, milhares de empresas e marcas ocidentais se radicaram na China – da Apple a Giorgio Armani – usando o país como plataforma de produção e exportação de seus produtos.

Um fato bizarro ilustra muito bem a situação. O famoso Bacalhau da Noruega, é chinês! É isso mesmo. O peixe é enviado a China, de navio, para ser processado – virar bacalhau – e retorna para o mundo como norueguês. É só um exemplo entre milhares outros. Industrias brasileiras também fizeram a mesma coisa como a Embrear, fabricas de calçados e outras.

Logo rejeitar os Made in China está mais para preconceito do que por um questionamento sobre a, hipotética, qualidade duvidosa de “seus” produtos. Estigmatizar os produtos chineses acaba se tornando um estratégia de marketing no médio longo prazo, pois, o crescimento sem precedentes da economia chinesa, apesar de seu gigantesco mercado consumidor, é um ameaça real às economias de todos os países, que não são páreos para as condições especiais de produção daquele país.

Se gostou deste post, subscreva o nosso RSS Feed ou siga no Twitter, para acompanhar as nossas atualizações.

3 comentários:

  1. Os produtos chineses são realmente descriminados. Isso porque nós, simplesmente, não conhecemos as correntes traiçoiras dos que fazem a vida do mercado mundial...
    Como diria o bordão: nesse mercado há muito mais estratégias do que pode imaginar a nossa vã filosofia... rs.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. É isso!

    A "ponta o iceberg" do que, de fato, ocorre nos bastidores do mundo e da notícia, deixa-nos apenas o direito – e o dever – de desconfiar e refletir nas entrelinhas e filigranas do que é “permitido” saber. Isso para quem, realmente, se importa e se interessa sobre o que pensam e decidem sobre as nossas vidas e a de nossos filhos.

    Um grande abraço

    ResponderExcluir

Olá!

Bem vindo, a sua opinião é muito importante.