A intenção do fotografo... |
Entretanto, por trás de tanto sucesso e notoriedade existe
uma série de práticas desonestas e desumanas na construção do seu
império de tecnologia, o que em nada fica a dever a outros grandes
da tecnologia e dos negócios.
Claro que ele estava em
um sistema capitalista e não fez mais do que seguir as regras, diria
você. Mas, o que se questiona é este endeusamento feito por muitos
usuários e, agora, pela mídia como um todo, como se ele fosse algo
como um filantropo ou benfeitor da humanidade, passando por cima de
aspectos de sua biografia que não deveria envaidecer quem quer que
fosse.
Investigações feitas
pelo U.S.
National Labor Committee, dos EUA, em instalações de
empresas norte-americanas na China, descreve ( com imagens) as
condições de trabalho da empresa KIE, na China, que produz
hardwares – mouses, webcams, e outros componentes Xbox –
para a Microsoft, como a Foxconn, em Tawan, dos
produtos da Applle onde ocorrem “suicídios em massa”, em
função da péssimas condições de trabalho e remuneração dos
funcionários, em sua maioria crianças.
Isso comprova que por mais genial
que sejam, o Steve Job como o Bill Gates, não diferem
em nada na utilização dos históricos métodos capitalistas de
exploração do trabalhador na otimização de seus lucros, daqueles
de outras empresas mundo afora.
Leia:
- Microsoft usa “escravos” na China equanto Bill Gates faz filantropia na Africa
- Onda de suicídios em fábrica da Apple na China
- Pirataria. Justiça proíbe a Microsoft de vender o Word nos EUA
A guerra de pirataria
de patentes entre os grandes, que vivem as turras nos tribunais,
é outro aspecto pouco veiculado pela mídia e que ajuda a ilustrar o
caráter destes considerados ícones da tecnologia e da modernidade,
senão do bom mocismo.
O fator diferenciador
talvez seja o trabalho da mídia especializada ou não em, mais do
que enaltecer as qualidades de sues produtos, mas, de endeusar os
seus criadores e pouco se lixam para a divulgação dos seus métodos
e praticas como se tudo fosse muito normal, honesto e justo.
Os produtos da Apple
e da Microsoft são bons? Ninguém duvida. Mas daí a
considerar os seus criadores como se semideuses fossem, é uma
necessidade equivocada e deslocada do heroísmo e do sagrado.
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