Decisão ratifica opção pela auto-determinação e soberania na América do Sul
O acordo que permitia bases militares dos EUA na Colômbia, feito pelo ex-presidente Álvaro Uribe, invalidado pela Suprema Corte da Colômbia, considerando-o inconstitucional, é um bom sinal de que novos tempos esperam as relações entre os países na América do Sul. O acordo que autorizava aos EUA instalariam 7 bases militares na Colômbia a título de combate ao narcotráfico, e que gerou protestos de países vizinhos, inclusive o Brasil, era, provavelmente mais um “peão” no tabuleiro de poder que o presidente dos EUA, Barack Obama, tenta jogar na região no sentido de resgatar o antigo poder e hegemonia sobre governos e países, conforme ele mesmo disse logo após a posse, perdidos pelo seu antecessor Geoge Bush.
O novo governo se comprometeu a respeitar a decisão da Corte Constitucional e, pelo visto, a julgar por suas declarações, vai resgatar uma política de boa vizinhança e conciliação com os seu vizinhos, que andaram tensas e mesmo à beira de um conflito, sob a administração do presidente que deixa o cargo, o Álvaro Uribe, um preposto dos interesses dos EUA, na América do Sul.
Esta decisão reafirma a determinação dos países sul-americanos por um não-alinhamento automático com os EUA, como historicamente vinha sendo feito, e pela não ingerência em assuntos internos do subcontinente:
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Com o afastamento relâmpago do presidente Lugo do Paraguai, já houve contato de americanos com a nova administração do país para a construção de uma base militar. Poxa, se eles já mantém base em Letícia (COL), se fazem outra no Paraguai o Brasil fica cercado. É muito preocupante visto termos a maior reserva de água potável do planeta, sem dizer o "Pré Sal".
ResponderExcluirOlá, Trajano!
ExcluirVocê tem razão. A tal base militar ficaria em uma região conhecida como tríplice fronteira que corresponde às cidades de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad del Este, ou a divisa territorial respectivamente entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai, de onde ela pode monitorar o Brasil e a Argentina.
Além do fato de que o Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do planeta está exatamente sob esta área.
Concordo com você, tambem, quando fala sobre a conveniência do golpe contra o Lugo, como forma de “botar a mão” sobre o Paraguai e facilitar o domínio dos EUA. Veja: O Golpe de Estado no Paraguai é um teste
Isso sem falar de, como diz você, o risco ao pré-sal, quando se sabe que os EUA, é um dos poucos países que não ratificaram este protocolo da ONU que dá o direto de qualquer país estender o seu domínio sobre as águas oceânicas sobre a extensão de sua plataforma continental, as 200 Milhas.
Claro que ele, como de hábito, quer garantir para si o direito de intervir em qualquer lugar quando achar conveniente.
Um abraço