Pesquisa mostra que a ajuda do parceiro nas tarefas domésticas reduz a auto-estima feminina. O “problema” começou a ser identificado em pesquisas com a constatação de que a participação masculina nas tarefas e cuidados com a casa e com os filhos, uma necessidade que surgiu com a sua inserção no mercado de trabalho e há muito tempo uma reivindicação das mulheres, passou a desagradá-las por se sentirem invadidas em um reduto e aptidões tradicionalmente femininas, no que antes se atribuía apenas a um condicionamento imposto pelo machismo.
Isso afetou a sua auto-estima e, conforme a pesquisa, começou a surgir uma tentativa, por parte das mulheres, de “desqualificação” do trabalho masculino, quando se sentem com a auto-estima mais baixa a medida que os seus parceiros demonstram bom desempenho e eficiência nos cuidados com os filhos, sentindo-se desiludidas e incompetentes em seu papel de mães. Ainda segundo as pesquisas, talvez elas se sintam duplamente cobradas, tanto em desempenho no trabalho como no cuidado com os filhos.
A “elaboração” da emancipação feminina que veio, tambem, na expansão e necessidades do mercado de trabalho e de consumo, parece ter desconsiderado algumas peculiaridades do ser feminino e, ainda hoje, batem na mesma tecla segundo a qual ambos – mulher e homem – seriam intrinsecamente iguais.
Esse “discurso” que até então tem sido muito oportuno pelas injunções do mercado de trabalho e produção, provavelmente, vem se conflitando com as necessidades prementes nos países desenvolvidos em processo de “despopulação”, e de suas políticas de estimulo à natalidade que se tornaram um questão de segurança nacional em países como o Japão, por exemplo.
É um cenário que, embora não seja novo, tende a se “complicar” em função de uma realidade já existente nos países desenvolvidos – como falamos acima – que tentam reverter um processo de crescimento negativo de suas populações, com aumento acentuado de idosos e aposentados e taxas negativas de natalidade, e que vem afetando a reprodução da mão-de-obra e a sustentação do sistema de seguridade social. Cenário este, que já é, hoje, uma realidade, tambem, no Brasil.
Logo, identificar e tentar equacionar as necessidades que surgem a partir de um “baby boom” anunciado, já realidade na União Européia e que se acirra no Japão, e acomodar as necessidades pessoais e profissionais das mulheres, uma conquista relativamente recente, com o novo papel de mães de uma nova família “grande” é um desafio para governos e empresas e, sobretudo, das próprias mulheres e/ou do casal.
A pesquisa foi feita pela Universidade do Comércio, em Osaka, no Japão e Universidade do Texas, nos EUA.
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ResponderExcluirSoh pra mulher idiota q n tem o q fazer pq se o meu marido nao me ajudar ou ficar esperando q eu cozinhe / arrume a casa garanto q ele morre de fome e num chiqueiro
Divido as tarefas com meu marido e não me sinto nem um pouco triste por isso.
ResponderExcluirVixe! Só se for de algumas inseguras master porque meu namorado (com quem moro) me ajuda e isso não reduz em nada minha auto-estima... na verdade é muito bom saber que ele se preocupa, faz a parte dele, afinal os dois trabalham, os dois limpam...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirA situação, embora pareça, não é muito simples. Acho que o processo de “emancipação feminina” ainda convive, como toda “revolução”, com suas próprias contradições e, só o tempo, literalmente, pode trazer uma acomodação criativa nesse processo, com uma nova “definição” de papéis.
Um abraço