As preocupações com o corpo ou mais especificamente com certo padrão estético, não é uma invenção de nossos tempos, mas, nunca se chegou a um ponto em que ele passou a ser um mero adereço onde muitos o tratam como algo que pode ser alterado ou modificado ao sabor dos modismos.
A medicina com seu arsenal de recursos a disposição da vaidade, promete mudanças cada vez mais radicais – cirurgias e implantes – estimulando uma desidentificação perigosa. Tudo isso gera a idéia de um corpo, potencialmente mutante, mutável ou reformável ou mesmo destruível filosófico-ideologicamente, total ou parcialmente, conforme a ditadura da moda da vez ou das neuras de cada um.
Não estamos nem nos referindo aos casos visivelmente patológicos, como você pode conferir no link, Piercings, mas naqueles considerados normais, que como os próprios piercings e tatuagens começam com uma ação simples de intervenção no corpo e acabam virando uma “bola de neve”, sem limites.
Não estamos nem nos referindo aos casos visivelmente patológicos, como você pode conferir no link, Piercings, mas naqueles considerados normais, que como os próprios piercings e tatuagens começam com uma ação simples de intervenção no corpo e acabam virando uma “bola de neve”, sem limites.
As comunidades de culto a anorexia (Ana ou Mia); as que fazem apologia ao suicídio; as diversas formas de mutilação provocadas pelos excessos nos implantes, percings, tatuagens e outros, representam a ponta do iceberg de uma mentalidade de risco que se alastra estimulada pela Internet, sobretudo, nas redes sociais.
Mesmo o que - como nos referimos acima - para alguns começa como um leve artefato ou recurso estético, abre um precedente ou um caminho sem limites e sem volta e de consequências ainda imprevisíveis. Recentemente um conhecido que estava aguardando um emprego em uma empresa que atua no exterior, perdeu a vaga para trabalhar em um país do Oriente Médio quando no exame médico foi constatada a existência de algumas tatuagens.
Tudo bem que pode ser um caso isolado ou que nunca pretenda trabalhar no Oriente Médio, mas, o ideal é que leve em consideração as suas próprias expectativas profissionais quando optar por uma intervenção, ainda, não convencional em seu corpo. Não, não tenho nada contra a tatuagem ou piercings moderados, gosto e acho muito bonitas, o lance é saber exatamente o que se está fazendo, o que é um pressuposto para assumir as consequências depois, com certa tranquilidade.
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