segunda-feira, 3 de maio de 2010

Médicos “ajeitam” a propria agenda fazendo cesárias desnecessárias e partos prematuros


Houve uma época em que, praticamente, 100% dos partos no país eram feitos por cesariana, isto por que a cesária implicava em procedimentos cirúrgicos e o INSS pagava muito mais, em detrimento do parto normal.

Corrigida esta distorção pelo INSS, já que a cesária não só tem custos mais elevados, mas, tambem, maiores riscos para a mãe e para o bebê, a prática que recuou inicialmente se acomodou com novas estratégias com índices muito elevados, 45,3% em média – na rede particular chega a 89,3%, já que são pagos pelos planos de saúde – quando se sabe que, em países europeus, como a Holanda por exemplo, a percentagem é de 10 % e o índice recomendado pela OMS é de 15% e só nos casos de complicações.

A explicação, agora, é a conveniência do médico que “para organizar” a sua agenda, à frequência aos congressos e outras conveniências pessoais aliado ao medo da responsabilidade do processo natural, veem fazendo partos onde além da cesária a gestante está, frequentemente, com até 35 semanas de gestação, sendo que o normal é de 40 semanas e a OMS recomenda no mínimo 39 semanas.

O saldo é o nascimento de bebês prematuros – não prontos ainda – e o elevado índice de internações na UTI, de 12% dos bebês, quando no parto normal é de 3%, além de ficarem mais tempo internados e desenvolverem infecções, problemas respiratórios e, não raro, mortes.

Um aspecto grave é que as mães são induzidas a aceitar a cesária, como o agravante dessa antecipação, em função do medo que estes profissionais vão metendo nas suas cabeças, além de não serem informadas devidamente sobre os riscos, e muito menos, é claro, que o seu bebê ainda não estaria pronto para nascer. Logo, as mães não conseguem estabelecer uma relação entre o parto e a fragilidade do seu filho, aos problemas e nem a propensão a doenças diversas decorrentes.

A Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária (ANVISA) criou normas para as maternidades visando reduzir a cesarianas, mas, conforme a fonte, não veem funcionando. Talvez fosse o caso de a tal “ética médica” começar a rever o conceito, não é verdade?
Fonte: Folha On-line

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5 comentários:

  1. Então, pessoas, votem contra o Ato Médico, onde além de regularizar sua profissão (que lindo), os médicos tomam para si todas as responsabilidades. Para aplicar uma injeção precisaremos de receita médica. Não o remédio que vai na injeção, o ATO de aplicar a injeção precisará de receita. Já pensou? Os médicos nem tem tempo de fazer parto normal, quanto mais de dar receita para aplicar injeção, verificar temperatura. Vote contra o Ato Médico e a favor do Parto Natural realizado por enfermeiro obstetra. http://www.naoaoatomedico.org.br/index/index.cfm

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  2. Olá!

    Acessei o site, li o manifesto e considero importantes e necessárias as reivindicações que, com certeza, se atendidas possibilitarão um melhor atendimento a população, notadamente no que se refere aos partos, pois, a medicina convencional acabou por transformar um ato natural em doença, por motivos óbvios.

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  3. Onde você leu isso? Em que lugar isto acontece? Essa informação não procede. Nunca vi uma cesariana antes das 37 semanas acontecer sem que haja indicação absoluta para tal. Provavelmente leu em um blogger qualquer. Quanto ao comentário sobre o ato médico, também não procede o comentário postado aqui. Infelizmente pessoas que sequer sabem entender o que estão lendo conseguem um curso superior e vem escrever inverdades sobre o ato médico.
    Nos países desenvolvidos, os partos normais acontecem em maior número porque a além da população não ser tão pobre de conhecimento como aqui no Brasil, o pagamento por um parto normal nestes países é justo.

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  4. Olá!

    Este tema foi tratado com muito mais detalhes, mais ênfase e com relatos e entrevistas com profissionais médicos conhecidos que, diga-se de passagem foram muito mais veementes na confirmação e condenação desses fatos, na fonte - como pode ver no final do artigo - na Folha de São Paulo. Infelizmente não tenho o link agora para que possa conferir por sí mesmo, mas, é só pesquisar no próprio jornal.

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  5. Rafael,
    Após esse comentário infeliz, tenho certeza absoluta que você é um graduando, ou médico formado. E em relação ao fato de que o manifesto contra o ato médico não procede, você está querendo afetar as classes brasileiras desprovidas de conhecimento, pois qualquer um em sã consciencia, sabe que tudo isso só vai prejudicar todas as outras profissões da área da saúde, e que o médicos estão desesperados, porque estão perdendo seu espaço, já não está tão valorizado quanto antes.. ser médico hoje em dia é comum, e que história é essa da profissão ser regulamentada??? Medicina é uma das profissoes mais antigas conhecidas, não tem essa de querer regulamentar, se a mesma já é regulamentada e reconhecida!!! Me poupe... e antes que você diga, não, eu não sou profissional da área da saúde, apenas uma ENGENHEIRA consciente de todos os prejuízos que essa babaquice de ATO MÉDICO poderá trazer à população brasileira.

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