Apesar do endurecimento formal das leis de trânsito, continua se morrendo e matando no transito, tanto como antes. Formal por que deficiências operacionais como maior rigor na aplicação e brechas incompreensíveis que relativizam as regras do código de trânsito ajudam a explicar a manutenção do índices de acidentes e mortes.
Por exemplo. Em nome de uma hipotética segurança nos semáforos, em algumas cidades – como Campinas/SP – é “legal” avançar o sinal vermelho à partir das 19h00, ou mesmo a disseminação do GPS, com dispositivo anti-radar, que torna a colocação dos tais radares nas vias públicas ou estradas um gasto desnecessário, ao mesmo tempo que deseduca induzindo à hipocrisia e a ilegalidade.
Isso sem falar na histórica falta de educação dos motoristas – e dos pedestres – que, conforme sabedoria popular só deve começar a mudar quando começar a “doer” muito mais na parte mais sensível do corpo humano: o bolso. As nossa leis são, ainda, tão generosas com os infratores, como se vivêssemos – em termos de acidentes e mortes – no melhor dos mundos.
A “industria” dos recursos suspensivos e protelatórios, a título de resguardar uma pretensa liberdade do cidadão, fecha o cenário onde morreram 247.722 pessoas em acidentes de trânsito nos últimos 7 anos, 36.666 só em 2008, ou 455 nas festas de fim de ano, só nas estradas federais, segundo dados do Ministério da Saúde.
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