segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como funciona o Wikileaks


Se a internet em si mesma já representava uma revolução, redefinindo o próprio conceito de modernidade, a Wikileaks é, sem sombra de dúvida, o maior acontecimento depois do surgimento da própria internet. Embora certa mídia, como acabo de ver um debate na Globo News, entre “intelectuais orgânicos” da direita conservadora, dirigido por um de seus expoentes, o William Watt, (05/12/10) tente minimizar a sua importância, reduzindo os fatos revelados como “coisas” já conhecidas e sem maior importância.

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Wikileaks é um portal que se especializou em divulgar documentos secretos, desde 2007, mas, nunca teve tanto destaque e/ou notoriedade como depois da divulgação de documentos dos EUA, sobre as guerras do Iraque e Afeganistão e, agora, com documentos diplomáticos, protagonizando uma revolução impensável, até pelo mais radical dos futuristas, não só no que se entende por comunicação e informação, como no conceito de poder e controle, até em uma eventual redefinição do conceito e prática diplomática, de onde vieram revelações, no mínimo, constrangedoras para o Departamento de Estado dos EUA.

Pela primeira vez se desnudou em tempo real, os famosos bastidores da história, que é onde ela efetivamente se faz, ou fazia.

O mais interessante é que tanto poder revelado na atuação deste portal permanece “impune”, sem que os instrumentos tradicionais de coação e repressão tenham considerado lograr qualquer êxito até agora, em deter esta torrente de informações bombásticas e sigilosas que colocam na defensiva e impotente a “ex-maior potência” econômica e militar do planeta até então.

Resultados imediatos já se fazem sentir, como a demissão de ministro da Alemanha que seria o “informante” dos embaixadores dos EUA e, pelo que se sabe, o recente acordo de controle de mísseis recém celebrado entre os EUA e a Rússia, tem tudo para “melar”. Acordo este que, diga-se de passagem foi a oferta do Obama, aos russos para que estes retirem o apoio ao Irã no Conselho de Segurança da ONU, bem como a oferta de suprimento “eterno” de petróleo da Arabia Saudita para os chineses para que façam o mesmo, deixando o Irã, nas mãos da sanha de Israel, que é o motivo real de toda esta pressão, conforme foi revelado pelo Wikileaks.

Confira o infográfico acima e veja como funciona o Wikileaks.

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