É importante não esquecer, pelo contrário, refletir e analisar o que rolou nas últimas eleições, notadamente, o papel das igrejas, que em principio detém os corações e mentes de mais de 90% dos brasileiros, e da mídia, principalmente as TVs, que deteem 56% das atenções no Brasil, na orientação política e eleitoral do eleitor – conforme dados de pesquisa divulgada pelo TSE – pelo menso em tese, haja vista que este poder, da ambos não se refletiram no resultado das urnas.
Passada as eleições, parece normal as coisas se acalmarem, assentarem, no cotidiano de cada um que retoma o ritmo usual, principalmente para aqueles que se envolveram efetivamente no processo – militantes – e que agora merece a trégua.
Digo trégua porque tanto para quem venceu como quem perdeu, não há como colocar uma pedra sobre tudo o que foi dito e feito durante a campanha, principalmente os vencedores, que embora tenham levado, sabem muito bem a que custo e sob o fogo de quais armas.
Não há como fazer de conta que não existe uma mídia que desceu aos níveis mais baixos no que se refere a mentira, manipulação, deixando de lado a compostura e a decência para favorecer a um candidato. Inclusive as TVs que não tinham o direito – nem de se abaixarem tanto – já que, como concessões públicas que são, estão submetidas a preceitos constitucionais de conduta.
As igrejas – setores delas – que exacerbaram do seu papel e carisma real, como se diz em seus meios, de “trabalhar” nos corações e mentes dos fiéis no sentido de uma conscientização para serem e agirem como cristãos de fato, orientados por seus princípios e valores, caiu no mais prosaico partidarismo, fazendo opção incompreensível e contraditória por uma candidato e partido, como ficou evidente nas eleições.
Ambos, a mídia – o que não é novidade – e a igreja – o que é surpreendente – tiveram uma atuação antidemocrática e apostaram na alienação do eleitor ao se julgarem no direito de passar-lhes uma “cola” direcionando e condicionando o seu voto. A igreja, sobretudo, deixou de confiar em seu próprio processo de evangelização e formação de consciências cristãs, éticas e cidadãs, e considerou a todos os fiéis como incapazes, alienados e passíveis de manipulação. É uma constatação de sua própria incapacidade de confiar no “próprio taco” evangélico doutrinário.
Quatro anos passam rápido. Estas eleições não se encerraram agora. Quem lê e vê a velha mídia de sempre, sabe que ela não descansa e nem tira férias, o “rolo compressor” das eleições só mudou a intensidade e a forma, mas, continua o mesmo.
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