quinta-feira, 17 de julho de 2008

Morte de criança, vira trunfo na briga pelo Ibope

Comentamos aqui no blog, em artigo: “ O caso Isabela ou a exploração do medo e da morbidez da população pela mídia sensacionalista, sobre a “farra midiática” que se viu no país com a morte da garota Isabela.

A indignação popular é normal, saudável e mesmo necessária, desde que o fato em si condenável, suscite uma reflexão mais consistente sobre um fenômeno social que não é novo e nem privilégio do Brasil, a violência contra a criança.

Mas, a mídia sensacionalista e, no episódio, não ficou ninguém de fora, se preocupou, apenas, em explorar e melhorar as suas tiragens diárias – mídia impressa – ou o seu Ibope – mídia televisiva.

Pouca ou quase nenhuma tinta, no papel, ou tempo na TV, foi gasto com uma reflexão e/ou discussão criativa e necessária sobre politicas públicas, sociais ou educacionais, no sentido de identificar, corrigir ou mesmo coibir e punir fatos semelhantes que ocorrem pelo Brasil, sem qualquer comoção ou repercussão nos meios de comunicação.

Segundo o artigo: “Um crime brutal, poucas lições” da revista Radis, publicada pela Editora Fio Cruz, o professor Muniz Sodré, da Escola de Comunicação do Rio – UFRJ, afirma: “ Se fosse gente pobre e preta, eu me pergunto se a ação da sociedade seria a mesma “, alegando que, a morte da menina Isabela mexeu com as emoções por envolver família branca, de classe média, com a qual a sociedade se identifica.

A afirmação procede, pois, outros casos graves são “pontuados” pela mídia e logo abandonados, por não gerarem as reações emocionais da população, logo, os dividendos de ibope e de tiragens, e se perdem como um caso de polícia como outro qualquer, sem grades interesses.


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