O dito cujo vem se esmerando no uso da língua
ferino-difamatória [que sempre foi o seu forte], mas ele sabe muito bem o que
está fazendo, pois não quer ‘dar ponto sem nó’. No Brasil hoje se sabe que um bom
alvo, ou o melhor, tanto para quem quer simplesmente sair do ostracismo ou só aparecer
é falar mal do ex-presidente preso.
O Ciro
é como se diz [abusando da sabedoria popular], macaco velho é do tipo assim não
mete a mão em cumbuca, e se isso é o que parece estar fazendo, tem seus objetivos
bem precisos.
Embora, ainda, bem consistente, o apoio do eleitor ao Bolsonaro vem gradualmente ‘fazendo
água pelas beiradas’ e tem uma boa fila querendo ‘herdar’ esta turma órfã.
Pelo menos o Ciro é o mais objetivo, e preciso, usa
a linguagem que lhes é familiar como poderíamos dizer, esculachativa, e elege o
Lula como suprassumo do mal de tudo o que esta turma não quer ver*, argumento radical
que, com certeza fez a vitória do Bolsonaro.
Daí a insistência em se reinventar [deve ter uma
boa assessoria] em estar sempre falando mal do ex-presidente. Afinal as
eleições municipais no próximo ano serão uma boa previa para aferir a temperatura
do eleitorado.
Só pra lembrar. O Ciro elegeu a máxima: ‘Falem mal
mais falem de mim’, como moto de sua campanha previa para 2022 e as redes sociais são o prato feito.
Ele sabe que o percentual dos eleitores que percebem
esta “treita” é irrisório em relação àqueles que pode herdar do Bozó e o importante
e ficar em evidencia, daí não vale, mesmo, à pena interagir com ele nas redes
sociais, mesmo que seja, hipoteticamente, para ilustrar a sua estratégia.
Este esboço simples acima mostra trajetória política
do Ciro [veja que bela trajetória até o lero de hoje]. Pra quem não se lembra, a
Arena foi o sustentáculo do golpe, ditadura de 64, e foi onde o cirozinho
se iniciou e fez sua cabecinha ideológica, aspas.
*Cabeças muito bem feitas via fakes, durante as últimas eleições.
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