sábado, 8 de junho de 2019

Laboratórios criam dependência e muito dinheiro. A cura? É apenas um pretexto, diz Nobel de Medicina

Esta realidade não chega a surpreender. A avaliar pelo ideário básico do sistema econômico dominante – o neoliberalismo é a quintessência disso tudo – é, apenas, uma questão de coerência.

A boa ação, entre aspas, e a filantropia se reservam no máximo para tentar dar um trato na imagem de mecenas da cultura e da arte, sobretudo a erudita, por algumas famílias proprietárias de grandes laboratórios, no mais é o que caberia muito bem na definição de ‘mundo cão’.

Isto que o Prêmio Nobel de Medicina, denuncia, ou seja, dá o respaldo de seu nome e de seu currículo, tem um caso que está rolando no momento com um dos maiores laboratórios, e de família dentre as tops das maiores riquezas mundiais, fortuna esta em grande parte feita exatamente sobre este produto que se encontra hoje na berlinda.

O Oxy-Contin o superanalgésico dos laboratórios Sackler, responsável não só por criar, desenvolver e manter dependências, como levar a casos fatais. Ao que tudo indica construído, como diz o entrevistado no artigo aí, com o objetivo ‘único’ de faturar, e com o apoio inestimável dos médicos. 

Confira depois aqui..
 “Medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos”, diz Nobel de Medicina
A indústria farmacêutica na realidade não quer curar ninguém, e por um motivo bastante simples e direto: a cura é menos rentável do que a doença.

Quem diz isso não é nenhum teórico da conspiração ou profeta do apocalipse, mas sim um vencedor do prêmio Nobel de medicina, o bioquímico e biólogo molecular inglês Sir Richard J. Roberts.

Sir Richard, em entrevista, denuncia o que parece ser evidente para todos, mas raramente é dito em alto e bom som por uma autoridade: é a própria indústria quem detêm o progresso científico. Sua principal questão é o quão ético e correto pode ser uma indústria com a importância da farmacêutica ser regida pelos mesmos princípios e valores que o mercado capitalista. O hábito de gastar centenas de milhões de dólares anualmente em pagamentos a médicos para que promovam seus medicamentos torna a prática da indústria algo semelhante às práticas da máfia.

E a denúncia prossegue: a indústria prefere investir em pesquisas que venham a ser rentáveis, muitas vezes não pela cura, mas para remédio que realizam espécie de manutenção da cronicidade de uma doença. “O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas”, afirma. “Nós estamos falando sobre nossa Saúde, nossas vidas e as dos nossos filhos e de milhões de seres humanos. Mas se eles são rentáveis investigarão melhor”.

“Se só pensarem em lucros, deixam de se preocupar com servir os seres humanos. Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença. Mas as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em tirar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação”, acusa.

“Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras”, afirma o Nobel, dizendo que todos suspeitam mas não possuem conhecimento – ou a coragem – para de fato o afirmar.

Obs. Não vai achar que é coisa de petista e não ler, o ‘pt’ é sigla de Portugal (brincadeira, embora o tema não favoreça)
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