sábado, 20 de outubro de 2018

Como efetivamente se constrói um Estado totalitário ou o peso da mídia e da Justiça no processo


“Décadas de discurso anti-política, anti-PT e em prol da intolerância forjaram o caminho para que fascistas chegassem onde estão.”

Uma proposta de Estado totalitário, antidemocrático, não surge da noite para o dia na mente doentia de um político qualquer, ela é fruto de um processo gradual de construção nos corações e mentes da população, através de uma mídia essencialmente fascista e discriminatória, no sentido de colocar o Estado a serviço dos interesses de grupos.

Embora pareça paradoxal, já que tem discurso nacionalista e ou patriótico, à serviço, sobretudo, de interesses antinacionais em detrimento dos interesses genuínos do próprio país e da população como um todo.


É o que vemos agora nestas eleições, onde o candidato tem toda verve e características que beiram a insanidade de tão bizarro e que, estranhamente, vem a calhar para exaltar os instintos mais primitivos e irracionais de boa parte da população, como uma figura “cuspida e escarrada”, como se diz popularmente, para o projeto nazifascista em curso.
Um fator crucial sem o qual nada disso seria possível é, como nos referimos acima, a mídia, onde continua mantendo um discurso de isenção e de informação, enquanto insiste de maneira dissimulada, às vezes, nem tanto, de apoio ao projeto fascista.

     Veja:



Outra instância que historicamente fez parte dessas construções antidemocrática como a mídia, aqui ou em qualquer lugar é a Justiça, é, a Justiça, quando manipula a lei, no nosso caso atual, trabalhando na descontração de lideranças potencialmente inimigas do projeto totalitário,e pavimentando o caminho para o projeto político de exceção.
Tem um caso emblemático, veja aqui, quando agora se tornou pública a atuação de um desembargador do esquema, colocando o processo contra o ex-presidente Lula, largamente preferido nas pesquisas para vencer estas eleições, representando a antítese do projeto em curso, passando o seu processo, em si mesmo cheio de irregularidades, na frente de 257 outros que esperam na fila, para que tivessem tempo hábil para a armação ‘legal’ e tirá-lo do caminho em tempo, para o lançamento do projeto nazifascista na pessoa do Bolsonaro.

A grande maioria da população, independente de condição econômica ou de escolaridade, não sabe e nem vai saber sobre estes detalhes, entre aspas, do processo político, já que o hábito de buscar a informação regular é residual e se limita a ficar inerte e passivo, sentado em sua poltrona em frente ao Jornal Nacional enquanto espera a novela, e caso venha a “ouvir falar”, não vai acreditar, haja vista o grande poder de manipulação e de alienação provocado diariamente, e por tanto tempo, pelos jornais nacionais da vida.

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