O Papa Francisco tem sido uma bela, e oportuna, surpresa nestes
tempos conturbados onde parece que resolveram revogar princípios e valores que,
mesmo sendo relativizados quase como regra mundo afora, vem recebendo um
combate inusitado, sem quartel em um processo que poderíamos até taxar de ‘involutivo...
’ Ou seja, andando pra trás...
Claro que vem
incomodando muita gente, mesmo dentro da própria igreja entre setores mais conservadores
e tradicionalmente ligados a interesses que insistem em perpetuar uma sociedade
bem estratificada, onde o dito “pobre” tem seu papel histórico bem definido e
como tal deve continuar.
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Logo, qualquer ideia
que tente ‘colocar’ na ordem do dia a máxima cristã, como vem pregando o Papa Francisco
em uma situação da mais pura coerência com a sua função, coloca em risco este
arranjo social e histórico, daí a verdadeira guerra silenciosa que vem sendo travada
contra ele.
"Chefe da Igreja Católica diz na sua mensagem de final de ano que a humanidade "desperdiçou e feriu" o ano de 2017.
O Papa Francisco disse neste domingo que 2017
ficou marcado pela guerra, mentiras e injustiça e apelou às pessoas para que
assumam a responsabilidade pelas suas ações.
No seu último evento público do ano, na Basílica
de São Pedro, o chefe da Igreja Católica disse que a humanidade “desperdiçou e
feriu” o ano “de várias maneiras, com obras de morte, com mentiras e
injustiças”.
A guerra, disse o Papa na sua mensagem de final de
ano, é o mais óbvio sinal do “orgulho impenitente e absurdo”. Francisco
acrescentou ainda que muitas outras transgressões contribuíram para “a
degradação humana, social e ambiental”.
“Devemos assumir a responsabilidade por tudo
perante Deus e os nossos irmãos”, acrescentou ainda Jorge Bergoglio, sem
mencionar nenhum evento específico de 2017.
Em Abril, Francisco condenou o “massacre
inaceitável” de civis inocentes num ataque com armas químicas na Síria. E há um
mês visitou a Birmânia, onde mais de 600 mil muçulmanos da minoria rohingya
foram forçados a deixar as suas casas e fugir para o Bangladesh.
No ano que agora termina, o Papa também encorajou
a paz na Colômbia, durante uma viagem em Setembro, e fez lobby para que o
Presidente americano, Donald Trump, combatesse as alterações climáticas. E no
meio da tensão nuclear entre EUA e Coreia do Norte, Francisco expressou as suas
preocupações sobre os arsenais de armas nucleares.
No final da cerimônia deste domingo, Francisco
caminhou pela Praça de São Pedro, cumprimentou pessoas e posou para
fotografias. Nesta segunda-feira, dia 1 de Janeiro, o Papa celebra a missa para
assinalar o Dia Mundial da Paz.
REUTERS – em publicoportugal
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