E pensar que tem gente pensando – aliás, como eu –
que ‘depois de tanta água que rolou, e
vem rolando, por baixo da ponte’, com
todas as medidas e ações feitas, e que vem fazendo, pelo golpe, afetando seriamente o Brasil, e, sobretudo a vida das pessoas
no curto, médio e longo prazo, que ‘falas’ assim não seriam mais vistas’ ou ouvidas.
Que o dito ‘coxinha’
– para me limitar em adjetivos... – tinha caído na real e se recuperado da manipulação
da mídia, que engendrou tudo isto nos corações mentes dos manifestantes, a estas
alturas estaria com a “sua panela no
saco...”.
Como pode ver neste comentário feito no artigo abaixo,
publicado por Leonardo Boff... Doce ilusão!
Hmberto PERMALINK
22/12/2017 14:11
Não
entendi, uma coisa. Que golpe? Onde houve golpe? Quando?Quem deu golpe?
Explique melhor, pois o que sabemos é que foi afastada do governo a presidente
que nunca deveria ter sido eleita, que faz parte de uma quadrilha que se adonou
do governo em proveito próprio e que iludiu a população brasileira com
mentiras.*
“O
golpe valeu a pena para 1% da população:Manfredo de Oliveira
MANFREDO DE OLIVEIRA é
brilhante professor de filosofia da Universidade Federal do Ceará. Sua
filosofia aborda preferentemente temas de política e ética acompanhando a
produção acadêmica mais séria daqui e de fora. É uma das inteligências mais
lúcidas que temos no campo da filosofia política e da ética, além de dominar o
campo da teologia. Depois que se passou um ano do que se perpetrou contra
a Presidenta Dilma Rousseff temos a distância suficiente e os dados necessários
pasra considerar os reais propósitos do assim chamado golope
jurídico-parlamentar-mediático ocorrido em 2016. É importante termos
esclarecimentos sobre esta situação que é recorrente em nossa história,
especialmente o que faz a oligarquia brasileira quando se sente ameaçada pela
ascensão das classes populares marginlizadas que querem mais participação na
sociedade e na riqueza gerada pelo seu trabalho. O texto foi publicado pelo
Instituto Humanitas de Unisinos do dia 20/12/17 sob o título Valeu a pena? Lboff
****
“O ano se aproxima do fim e a direção que está
sendo dada ao país está tornando possível às pessoas entenderem que o que
estava em jogo no afastamento do governo anterior era, na realidade, mais uma
versão de uma característica do Brasil marcado, desde a primeira metade do
século XX, pelas mudanças estruturais das sociedades
modernas”, escreve Manfredo Araújo de Oliveira,
professor da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Como afirma Jessé Souza: “… a
vida política do Brasil, desde então, é dominada por golpes de Estado movidos
pela elite do dinheiro com
o apoio da imprensa e da base social da classe média, sempre que a soberania
popular ameaçar ou efetivar, por pouco que seja, interesses das classes
populares”. Trata-se sempre de um amplo acordo de interesses entre as diversas
elites que agora é comandado pela elite financeira.
Por isto, o primeiro interesse a ser considerado é
o interesse econômico uma vez que a elite econômica pode comprar todas as
outras elites através de diferentes estratégias. Por exemplo, ela apoiou sua
sócia no saque da sociedade, que é a mídia, e tentou comprar as eleições
através do financiamento das campanhas e pela cooptação de um aliado de ocasião
dentro do Estado, o aparato jurídico-policial. Para ele, o golpe não teria
acontecido sem a politização do judiciário o
que agora aparece em nova luz: a Constituição é deixada de lado, direitos são
negados. Isto faz aparecer a natureza do que se articulou: a junção de capitalismo selvagem de
rapina e do enfraquecimento das garantias democráticas. A execução do plano foi
um jogo de mestres: em nome da justiça e da moralidade se fez um violento
ataque à democracia e às garantias constitucionais. Uma vez consumado o golpe,
todos os interesses articulados partem para a rapina e o saque do espólio:
vender as riquezas brasileiras, em primeiro lugar o petróleo,
cortar gastos sociais já
que o que vale primeiro é o interesse do 1% mais rico.
Onde ficam os pobres neste
projeto? No esquecimento, na marginalidade, com salários aviltantes por
serviços à classe média e às empresas dos endinheirados. Os juros bancários
estão entre os maiores do mundo e constituem uma espécie de taxa universal que
se adiciona a todos os preços de mercado, pesando arbitrariamente sobre todas
as classes sociais, proporcionalmente mais sobre os pobres, a fim de drenar o
produto do trabalho de todos para o bolso da elite do dinheiro. Como diz Dowbor: “Os
bancos e outros intermediários financeiros demoraram pouco para aprender a
drenar o aumento da capacidade de compra do andar de baixo da economia,
esterilizando em grande parte o processo redistributivo e a dinâmica e o
crescimento estimulado pela demanda”.
Esta é, diz Jessé, a verdadeira “corrupção brasileira”,
escandalosa, mas invisível, que faz com que o trabalho de todos vá parar no
bolso de menos de 1% e
privilegiados “que não apenas vampirizam a sociedade e sua capacidade
produtiva, mas colonizam a democracia e a sociedade para seus fins”. Estes
podem afirmar tranquilos: o golpe valeu a pena!
Por Leonardo
Boff
Se
gostou deste post subscreva o nosso RSS Feed
ou siga-nos no Twitter para
acompanhar nossas atualizações
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.