E aí, viu o ‘preço’ do voto de “seu” deputado?
Então, não acha que já é tempo de cuidar melhor do seu voto? Até pra
fazer papel de bobo cansa, não?
Sei que não deve ser o seu caso, mas, quem
sabe aí por perto tem alguém que precisa ouvir “umas palavrinhas”? O tempo é de
atividade, de alguma atividade. Como poderíamos dizer? Política? De militância
político/democrática, mesmo?
Afinal o momento é crucial para o Brasil, ou
seja, o que isso significa e/ou representa de fato na vida de todos que vivem –
e viverão – por aqui, logo, assistir de camarote...
Tem gente que vive de forma inercial
assistindo – e o pior acreditando e seguindo – o que edita o JN.
"Em ofensiva, Planalto libera R$ 1 bilhão a deputados e senadores
Deputados protestam contra votação favorável a
Michel temer na CCJ da Câmara
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O Planalto liberou nos últimos dois meses R$ 1
bilhão para projetos de emendas de parlamentares. O valor é 31% maior do que o
mesmo período do ano passado, quando Michel Temer ocupava o cargo de presidente
interino após afastamento de Dilma Rousseff.
Os pagamentos acontecem em meio à ofensiva
de Temer contra as acusações que lhe foram
feitas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de corrupção passiva.
O levantamento foi feito pela Folha no
“SIGA Brasil”, sistema de informações do Orçamento federal.
A delação da JBS, que provocou a maior crise desta
gestão, foi divulgada em maio. Em junho, o procurador-geral, Rodrigo Janot,
apresentou denúncia contra Temer.
“Quem apoia, tem a verba”, disse o deputado
Lincoln Portela (PRB-MG), que apesar de ser de um partido governista, foi
sacado da
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para dar lugar
a um deputado com voto decidido para salvar o presidente.
“Desde [o governo] Sarney até Temer, quem está com
o governo sempre tem oportunidades maiores neste contexto do que quem não
está.”
Todos os 594 deputados e senadores têm direito a
apresentar, anualmente, emendas individuais e coletivas ao Orçamento. Em geral,
os congressistas priorizam obras e investimentos em seus redutos eleitorais.
Para o Orçamento de 2017, cada parlamentar apresentou, individualmente, até 25
emendas no valor total de R$ 15,3 milhões.
Apesar de as emendas terem formalmente o caráter
“impositivo”, ou seja, de execução obrigatória, a real liberação do dinheiro
está sujeita a contingências políticas e administrativas.
A Folha ouviu parlamentares da
oposição, que relataram não ter recebido dinheiro para as emendas. “São cenas
explícitas de fisiologismo e cooptação, visando a sobrevivência de um governo
moribundo. Só isso já daria mais uma denúncia de corrupção para caçá-lo”,
afirmou o oposicionista Ivan Valente (PSOL-SP).
OUTRO LADO
A reportagem enviou três perguntas ao presidente
Michel Temer: se houve motivação política para os pagamentos, qual o motivo da
concentração de liberação em meses mais delicados no Congresso e se havia algo
a dizer sobre as acusações da oposição de fisiologismo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o
presidente Temer respondeu que “não há essa relação. O governo apenas executa o
Orçamento quando há disponibilidade de caixa”.
CAMILA MATTOSO
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Na Folha
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