A
reflexão abaixo – na rádio USP – é bem oportuna, haja vista o grande domínio
que as redes sociais estabeleceram
sobre os corações e mentes de tanta gente mundo afora, sobretudo o suprassumo da
coisa, – como tamanho, alcance – o Facebook.
É
um programa que foi criado como entretenimento
e vem sendo considerado por muitos, mesmo, como fonte real de informações, quando se sabe que cada um
fala/escreve o que bem quer e na forma que considera mais interessante ou
conveniente, logo, bem longo daquilo que, pelo menos em tese, pode ser considerado
notícia.
O
problema é que muitos, com certeza, dentre os1, 8 bilhão de usuários regulares,
segundo o ‘dono’, Mark Zuckerberg, consideram o que lhe aparece
na ‘home page’ como notícia.
Nos limitamos
a ‘falar’ sobre o Facebook, mas o raciocínio vale para todas as redes sociais – com ressalvas para o Twitter, que fugiria um pouco à regra
por ser “menos pessoal” – onde a liberdade de criação é plenamente livre e cada
um fala/publica o que bem quer.
Como
salientamos acima o Twitter fugiria à regra.
Claro
que nem tudo publicado “é mentira”, como sugere o autor do artigo abaixo. Mas
qual critério eleger para discernir uma coisa da outra?
Também
sabemos que a mídia convencional –
que pelo menos em tese deveria noticiar efetivamente os fatos, verdadeiramente
os fatos, a notícia – não é o reino da verdade, como fica meio que implícito no
artigo – pois quem usa sabe que à verdade, muitas vezes cabem inúmeras aspas. Claro
que com ressalvas, já que não dá para colocar ‘todo mundo’, todo veiculo de mídia, no mesmo saco.
Mas,
pelo menos o puramente factual, costuma ser mais ‘nos conformes’, embora nem sempre,
já que os critérios editorias/ideológicos, senão econômico-financeiros,
funcionam como filtros da realidade, como critério de escolha do que veicular/publicar.
Logo,
não dá para incensar tanto assim a tal mídia convencional, mas ele tem razão
quando afirma que são (seriam) as fontes mais ‘confiáveis’, e considerar as redes sociais como mídia, como fonte confiável
de informação, seria... No mínimo, e melhor não adjetivar.
Mas,
o problema existe. A quantidade de usuários que considera, que acredita, que usa
como fonte de informações e, é claro, que deve pautar seus pensamentos,
decisões e atos em função de que ‘vê’ por lá é real.
Claro
que tem coisas reais, informações, notícias por lá. Pontualmente e não como
veiculo de mídia, e adotar critérios, sobretudo buscar outras fontes, o contraditório,
a confirmação, a contextualização do que vê, ouve e lê, seria a atitude mínima
para não fazer papel de, como poderia dizer: alienado? Trouxa?
“Rede social não é mídia, assim como a mentira não é a verdade
Segundo Luli Radfahrer, não se pode confundir mídia, que diz a verdade,
com Facebook, reino da mentira
Não se pode confundir rede social com mídia, há
uma grande diferença entre elas. O Facebook, assim como o Youtube, é uma
empresa de entretenimento, e como tal deve ser encarado. Quanto mais tempo o
usuário fizer uso do serviço que oferece, maior será seu lucro, ainda que seu
domínio seja o reino da mentira e do discurso preconceituoso. Segundo o
colunista Luli Radfahrer, há uma fronteira muito tênue, hoje, entre o que é
entretenimento, o que é serviço e o que é notícia.
A notícia é responsabilidade da mídia, que possui
autoridade para tratar de determinados assuntos de interesse social. Na mídia é
onde está a verdade, enquanto no Facebook predominam os boatos e as polêmicas,
que só estão ali para gerar uma reação por parte do usuário. Nesse jogo, vale
tudo para “segurar” o usuário.
Radfahrer entende ser necessário enquadrar
empresas como o Facebook ou o Youtube numa categoria única – quer seja de
mídia, quer seja de entretenimento ou simplesmente uma rede social. Quando uma
rede social é enquadrada numa lei de mídia, corta-se tudo que é falso ou
mentiroso. Isso traz a vantagem adicional de tornar a imprensa muito melhor.
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