terça-feira, 6 de junho de 2017

O exemplo do que pode se tornar a educação superior por aqui com “o novo governo”: nos EUA

A notícia não chega a ser nova, literalmente (17/08/2016), mas ilustra uma realidade que se mantém e que continua servindo de exemplo para coisas como o tal golpe que se encastelou no Planalto.

O título original da matéria no BBC ilustra um pouco da realidade predominante no sistema de educação que deve estar sendo usado pelos novos “teóricos educacionais” que subsidiam o novo governo golpista.

Se você apoiou – e apoia – o golpe, e pensa em seus filhos, vá preparando a poupança, e a vida de “carências” (veja abaixo), em função dos compromissos que terá com os financiamentos para sua turma se educar/formar.

A diferença no ‘trato com a coisa’ é radical quando se trata de governos ditos petistas e a turma que compõe, subsidia e que apoia o golpe.

Basta dar um exemplo no que anda fazendo o principal apoio do golpe, o PSDB em seu governo ‘entre aspas’ em São Paulo, para ficarmos só com este exemplo.
Confira também: 
- Sec. da Educação do Alckmin diz que educação não é um direito básico. De São Paulo para o Brasil! 
- “PEC do teto dos gastos trará danos graves à educação”, diz Banco Mundial 
- Se a ideia é cortar o aceso da população à universidade, o interino está conseguindo
Não vou listar para não ficar ‘com cara’ de que estamos fazendo proselitismos... Mas, só para completar o quadro, pergunte ao Google o que os governos anteriores, ditos petistas, andaram fazendo na área, notadamente no nível superior.

"A vida dos estudantes americanos com dívidas acima dos R$ 500 mil

Formada e pós-graduada em duas das melhores universidades americanas, Carolyn Chimeri imaginava que teria uma vida mais confortável que a de seus pais, que jamais foram para a faculdade.

Após completar o ensino superior, porém, ela acumulou uma dívida de US$ 238 mil (R$ 754 mil) e hoje rala para quitar as prestações com um salário de professora, aos 29 anos de idade.

"Eu e meu marido brigamos o tempo todo por dinheiro, pensando em como sobreviver, pagar as contas e viver como pessoas comuns em Nova York", ela diz à BBC Brasil.

Dívidas como a de Chimeri, que alcançam os seis dígitos, não são incomuns nos Estados Unidos, país onde há poucas universidades gratuitas e cerca de 70% dos estudantes recorrem a empréstimos para custear o ensino superior, segundo o governo americano.

Dados oficiais indicam que a dívida estudantil no país alcançou US$ 1,3 trilhão neste ano - o equivalente a 70% do PIB brasileiro em 2015. Esse montante, segundo o Federal Reserve, o Banco Central Americano, é devido por 43,3 milhões de pessoas.

Já no Brasil a oferta de crédito para estudantes é bem menor e foi reduzida durante a crise: o maior programa federal de financiamento estudantil, o Fies, ofereceu 222 mil linhas de crédito neste ano, que cobrem menos de 10% do total de matrículas anuais em universidades.

Chimeri se endividou pela primeira vez para se formar em história e ciência política na Penn State, universidade pública na Pensilvânia. Nos EUA, mesmo universidades públicas costumam ser pagas, com algumas custando até U$ 40 mil ao ano (em universidades privadas, o valor pode chegar a US$ 70 mil, ou R$ 223 mil).

Após se formar, ela pegou outro empréstimo para um mestrado na Universidade Columbia, em Nova York, acreditando que o diploma lhe garantiria melhores empregos e a chance de quitar o débito com mais rapidez.

Ela diz que seus pais haviam se oferecido para pagar o primeiro empréstimo, mas a crise econômica global complicou a família e fez com que ela assumisse a dívida.
Chimeri foi contratada como professora numa escola pública em Nova York, mas, mesmo pagando parcelas todos os meses, diz que a dívida pouco diminuiu por causa dos juros de 8% ao ano.

Para cortar despesas, mudou-se com o marido para a casa da avó dele e, na melhor das hipóteses, espera quitar os débitos por volta de 2030.

"Não posso comprar uma casa nem começar uma família - sinto que estou parada nos meus 20 e poucos anos", lamenta.

(João Fellet - @joaofelletDa BBC Brasil em Washington)

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