Qualquer ‘conversa’ sobre o voto e sua importância na vida e em nosso cotidiano seria mera redundância.
É uma palavra gasta pelo uso trivial, cotidiano, em que pese a sua importância
como a verdadeira essência de qualquer processo
democrático.
Mesmo assim, a referência ao voto sempre remete ao
voto ‘majoritário’ à Presidência da Republica, já que, coisa tipo voto no
vereador parece tão chinfrim que nem vem ao caso.
Mal sabem que é a base, de fato, o fundamento do
que pode-se chamar de representatividade, de poder, de democracia.
É uma cadeia de poder onde o “menor”,
metaforicamente, é, de fato, o maior, a base onde todo o sistema se sustenta, onde
se estrutura.
Se vemos tantas aberrações perpetradas por
deputados federais e senadores – pelo menos mais visíveis na mídia como um todo
– o exercício parlamentar da vereança espalhada pelo país exige que se coloque
aspas em aberrações, ampliando o seu sentido, seu significado.
Em função disso o que vemos é um Estado a serviço
de setores, que não se limitam aos políticos em si mesmos, que em grande parte
não passam de meros instrumentos de setores econômicas, locais e
internacionais, que usam a coisa pública como propriedade particular.
Apesar da proximidade maior do cidadão/eleitor com
o vereador, pelos milhares de municípios espalhados pelo país (5.570), o que
facilita o contato/voto, pouco se sabe de sua verdadeira importância na base
desta escala de poder e de sua atuação “nas mãos” dos prefeitos e de sua extensão
e sujeição às instâncias superiores.
Leia-se: deputados estaduais, federais e
senadores.
Logo, talvez devêssemos incluir no currículo
escolar desde as mais tenras letras, uma disciplina onde se “falasse” sobre o
processo de formação básica do que seria cidadania, o sentido real de
participação, os mecanismos de formação do Estado em todos os seus níveis, de
suas estruturas, dos pressupostos indispensáveis, fundamentais, para a criação
de um Estado Democrático.
A sugestão da disciplina escolar e porque não existe
outra forma de educação cívica básica mínima. Mesmo em casa via “educação
doméstica”, não funcionaria a contento, pois este tipo de ignorância independente
do nível de escolaridade convencional.
O que se vê – independente dos níveis citados – é
a perpetuação de conceitos equivocados, de ideologias rasteiras e/ou plenos de ignorância,
de preconceitos.
Logo, “ela” não funcionaria a contento “por
herança”, ou melhor, por educação familiar em seu sentido amplo.
A proposta da disciplina é técnica, atentando-se, inclusive,
para o seu eventual uso ou desvirtuamento ideológico, criando mecanismo que
evite a ideologização.
Fora disso, não parece existir alternativa.
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