Pelo visto, a suspeita, entre aspas, e
expectativas que, tanto o golpe/impeachment como a “levantada inicial
da lebre”, vulgo Lava Jato, tinham um propósito básico, que seria impedir a
continuidade do projeto político com a reeleição do Lula em 2018, só vêm se confirmando.
As pesquisas incessantes e reiteradas não lhes deixaram
alternativas: ou faziam algo agora – qualquer coisa – ou teriam que amargar, no
mínimo, mais dois mandatos do ex-presidente Lula.
Só que a “coisa” não saiu nos conformes. O Lula continua “levando” em 2018, apesar
de todos os esforços de “melá-lo” com denúncias reiteradas, e a tal Lava Jato atirou no que (acha) que viu e
acabou acertando o que não queria.
Dada a natureza espetaculosa e televisiva das
apurações/delações, não tiveram como preservar algumas “figurinhas carimbadas”
que eram caras ao próprio esquema
golpista.
Coisas tipo Temer,
Aécio, para ficar só nestes dois, além
de outras figuras iminentes no esquema.
Apesar dos pesares, o fogo continua concentrado no
Lula e os tiros que vão saindo pela tangente e pela culatra vêm fazendo baixas
sérias no “Staff golpista".
As saídas imediatas?
Muita coisa, como a própria Lava Jato, parece ter
tomado, ter criado vida própria e desce a ladeira fazendo seus estragos e, pelo
andar da coisa, vão faltar alternativas – personagens – que possam assumir o governo golpista, mesmo que em arranjo
temporário para “salvar a pátria”.
Logo, o que a principio parecia improvável, a saída
mais viável seria a anulação do “golpe” e a volta da presidente, da fato, Dilma Rousseff.
É, apesar das tentativas, e nem mentiras elaboradas
pelos maiores estrategistas do gênero, conseguiram imputar-lhe alguma mazela
legal, conseguiram “pegá-la”.
Seria um mínimo de retorno à normalidade, à estabilidade
institucional, enquanto tenta-se rearrumar a casa.
Rearrumar a casa. No momento mais em seu sentido
institucional do que econômico, como preferem argumentar alguns, para dar um
toque sério aos argumentos e justificar a ruptura institucional, legal, que a
destituiu do poder.
Qualquer outra alternativa, com certeza, vai
navegar em mar nebuloso e de resultados incertos, duvidosos, casuísticos, como o
foi o próprio golpe, que nos colocou a todos nesta situação, ao que tudo indica,
insustentável.
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