Morar nas cidades, sobretudo nas grandes cidades, acaba por viciar as
pessoas em seus meandros “urbanóides” que começam a perder os grandes benefícios
que o contato, por mínimo que seja com a natureza
proporciona que, não raro, costuma mandar uma fatura...
Fatura esta em perda de qualidade de vida até em seus aspectos mais sutis, como atestam
pesquisas sobre o poder de recuperação/cura que um simples passeio por lá
proporciona.
Parece que com o tempo as pessoas perdem a
sensação, a noção do prazer que um contato direto com a natureza proporciona... É só voltar! Conferir para ver, para
resgatar e ‘curtir’.
Passear nos shoppings? Não tem nada de errado em
si mesmo, “a coisa” começa a pegar quando é “só” nele...
"Passeio de 50 minutos na natureza melhora saúde mental, memória e reduz risco de depressão, diz estudo
Passear na natureza promove a saúde
mental e pode reduzir o risco de depressão, dizem dois estudos da Universidade
de Standford.
Sente-se
em baixo (a)? Experimente dar um passeio num espaço verde. Esta é a proposta de
um estudo da Universidade de Standford, que descobriu
que passear na natureza promove a saúde mental e pode reduzir o risco de
depressão.
“O que descobrimos nesta investigação sugere que as zonas naturais acessíveis podem ser vitais para a saúde
mental no nosso mundo cada vez mais urbanizado”, disse Gretchen Daily,
professora de Ciência Ambiental e coautora do estudo. “As nossas descobertas
poderão servir de referência para o crescente movimento mundial que visa tornar
as cidades mais habitáveis e a natureza mais acessível a todos os que vivem
nelas.”
Mais
de metade da população mundial vive em zonas urbanas e estima-se que, até 2050,
se poderão juntar a este número mais 2,5 mil milhões de pessoas. Da mesma forma
que a urbanização e o afastamento da natureza
aumentaram dramaticamente, também aumentaram os casos de perturbações
mentais.
Os habitantes das cidades têm maior risco de sofrer de ansiedade, depressão, esquizofrenia e de outras doenças mentais do que os habitantes de zonas rurais. Vários estudos têm revelado mais casos de problemas psicológicos entre os residentes urbanos com pouco acesso a espaços verdes do que entre os que vivem perto de parques.
Sendo assim, estará o contacto com a natureza ligado à saúde mental? E, se sim, quais serão os seus efeitos nas nossas emoções e estado de espírito? Estas questões intrigaram Gregory Bratman, da Universidade de Standford, que decidiu investigar melhor este assunto.
Os benefícios de um passeio na natureza
Os habitantes das cidades têm maior risco de sofrer de ansiedade, depressão, esquizofrenia e de outras doenças mentais do que os habitantes de zonas rurais. Vários estudos têm revelado mais casos de problemas psicológicos entre os residentes urbanos com pouco acesso a espaços verdes do que entre os que vivem perto de parques.
Sendo assim, estará o contacto com a natureza ligado à saúde mental? E, se sim, quais serão os seus efeitos nas nossas emoções e estado de espírito? Estas questões intrigaram Gregory Bratman, da Universidade de Standford, que decidiu investigar melhor este assunto.
Os benefícios de um passeio na natureza
Juntamente
com os seus colegas, o investigador dividiu aleatoriamente os 60 voluntários do
estudo em dois grupos: um daria um passeio de 50 minutos num espaço natural e o
outro num urbano com tráfego intenso. A equipa avaliou o estado emocional dos
voluntários, antes e depois do passeio, assim como a sua capacidade de realizar
tarefas concebidas para testar a sua memória de curto prazo.
Os resultados mostraram que as pessoas que caminharam na natureza ficaram menos ansiosas, mais felizes e com um nível inferior de pensamentos negativos repetitivos do que as que caminharam na cidade. Também houve uma melhoria no seu desempenho nos testes de memória.
Os resultados mostraram que as pessoas que caminharam na natureza ficaram menos ansiosas, mais felizes e com um nível inferior de pensamentos negativos repetitivos do que as que caminharam na cidade. Também houve uma melhoria no seu desempenho nos testes de memória.
Uma
outra experiência semelhante a esta, realizada em 2012 por Stephen Kaplan,
descobriu que um passeio de 50 minutos entre o arvoredo melhorava as
capacidades cognitivas, como a memória de curto prazo.
“Imagine uma terapia sem quaisquer efeitos secundários conhecidos,
que está facilmente disponível e que poderia melhorar as suas funções
cognitivas a custo zero”, escreveram os investigadores. Pois ela existe e
chama-se “interagir com a natureza”.
Para
aprofundar estes resultados, Gregory Bratman decidiu analisar, num segundo
estudo, a forma como passear na natureza afeta os níveis de “ruminação”
– pensamentos repetitivos focados em emoções negativas sobre nós próprios
e as nossas vidas – dos participantes. A ruminação pode ser precursora da
depressão e ansiedade e está associada a uma maior atividade numa região
específica do cérebro, conhecida como o córtex pré-frontal subgenual.
Os investigadores reuniram 38 voluntários adultos saudáveis para o novo estudo. Metade passeou durante 90 minutos num parque com carvalhos e arbustos e a outra metade na rua mais agitada e com mais trânsito de Palo Alto, na Califórnia. Os participantes não podiam ter companheiros durante a caminhada ou ouvir música.
Antes e depois do passeio, os investigadores mediram o ritmo cardíaco dos voluntários, examinaram os seus cérebros e pediram-lhes que completassem questionários para determinar os seus níveis de ruminação.
Os investigadores reuniram 38 voluntários adultos saudáveis para o novo estudo. Metade passeou durante 90 minutos num parque com carvalhos e arbustos e a outra metade na rua mais agitada e com mais trânsito de Palo Alto, na Califórnia. Os participantes não podiam ter companheiros durante a caminhada ou ouvir música.
Antes e depois do passeio, os investigadores mediram o ritmo cardíaco dos voluntários, examinaram os seus cérebros e pediram-lhes que completassem questionários para determinar os seus níveis de ruminação.
Não
foram observadas diferenças notórias nas condições fisiológicas, mas a equipa
notou diferenças substanciais nos seus cérebros. Para além de terem relatado
menores níveis de pensamentos negativos repetitivos depois do passeio, os
caminhantes da natureza revelaram uma diminuição de atividade no córtex
pré-frontal subgenual. O mesmo não se verificou nas pessoas que caminharam na
cidade.
“Foi bastante surpreendente que um passeio de 90 minutos tivesse assim tanto impacto”, declarou Gregory Bratman, acrescentando que estas descobertas sugerem que visitar uma zona natural poderá ser uma forma fácil e quase imediata de melhorar o estado de espírito dos residentes urbanos.
No entanto, ainda há muitas questões por responder, diz o investigador, como se será melhor caminhar-se sozinho ou acompanhado, se será necessário andar-se ou estar-se fisicamente ativo para se tirar mais proveito da natureza e que aspetos do mundo natural serão mais tranquilizadores.
Entretanto e enquanto estas questões ficam em aberto, o investigador convida as pessoas a passear no parque mais próximo e desfrutar de todos os benefícios que a natureza tem para nos oferecer.
“Foi bastante surpreendente que um passeio de 90 minutos tivesse assim tanto impacto”, declarou Gregory Bratman, acrescentando que estas descobertas sugerem que visitar uma zona natural poderá ser uma forma fácil e quase imediata de melhorar o estado de espírito dos residentes urbanos.
No entanto, ainda há muitas questões por responder, diz o investigador, como se será melhor caminhar-se sozinho ou acompanhado, se será necessário andar-se ou estar-se fisicamente ativo para se tirar mais proveito da natureza e que aspetos do mundo natural serão mais tranquilizadores.
Entretanto e enquanto estas questões ficam em aberto, o investigador convida as pessoas a passear no parque mais próximo e desfrutar de todos os benefícios que a natureza tem para nos oferecer.
Em
TheUniplanet
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