terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Fracasso de temer, e turma, ameaça eleições de 2018, por falta de ‘opções’ mais à direita nas urnas

“Nós estamos caminhando para uma convulsão social no país...”, mesmo a velha mídia direitista e associada de sempre, que fez parte de todas ‘experiências’ de ruptura das regras, da lei e que se locupletou em todas as ocasiões com isso, vide a globo com o golpe de 64, não tem mais como esconder o caos que vem se instalando a passos largos.

Ainda que usando todos os ‘eufemismos jornalísticos’, distorções e mentiras mesmo, não está dando conta de esconder ou disfarçar, de  ‘tapar o sol com a peneira’.
Leia:  Novo embaixador dos EUA no Brasil é 'gerenciador de crises'. ‘Interventor’ agora se escreve assim...
Já que, pelo visto vai tudo... Ao povo, como sempre, cabe levar a pior parte... O pau da bandeira...

Franklin Martins: “Já estamos vivendo uma depressão. Caminhamos para uma convulsão social no país”.

Em ótima entrevista ao site Sul 21, o ex-secretário de Comunicação do Governo Lula, Franklin Martins, diz que o golpe que derrubou Dilma Rousseff “foi um negócio de ocasião feito por setores que, além de não terem legitimidade, também não conseguem ter unidade política”:
“O que temos visto nos últimos dias é o governo Temer virando um mingau. Esse governo não tem qualquer possibilidade de comandar o país. É uma aberração. Gilmar Mendes e Sérgio Moro estão juntos na Lava-Jato, mas o Moro acha que é preciso acabar com o Estado de Direito. Já o Gilmar Mendes não quer que o Estado de Direito acabe para a turma dele. Enquanto for só para o PT, Gilmar Mendes topa, mas ele sabe que isso pode pegar o PMDB, o PSDB, o PP, o DEM e assim por diante. [...] o plano A deles é manter o Temer, pois é sempre ruim fazer uma substituição destas, mas o Temer pode não se aguentar também. Mas quem vier depois dele também não vai aguentar, pois a política de regressão que eles estão impondo ao país é um desastre completo que está liquidando a economia brasileira”.
Os novos detentores do poder, diz ele, não estão conseguindo nem a retomada da economia nem a volta de níveis democráticos de convívio, desarmando o clima de tensão a que o país foi levado até o impeachment:
“Nós estamos caminhando para uma convulsão social no país. E quem paga o preço quando ocorre uma convulsão social é o povo, que perde direitos, perde possibilidades, oportunidades e que é sempre reprimido. Então, nós estamos vivendo uma situação dramática por absoluta irresponsabilidade das forças conservadoras no Brasil que, diante de uma construção histórica de expectativas de mudanças, viu uma oportunidade, potencializada pelos nossos erros, derrubou o governo eleito e agora não tem condições de estabilizar esse processo [...].”
Franklin, porém, acha que há em curso um processo em que “as pessoas começam a perceber o que está acontecendo: fim das políticas sociais, precarização das relações de trabalho, perspectiva de aumento do tempo para aposentadoria, entre outras coisas.” E que a verem que a crise econômica “não é uma herança maldita do governo da Dilma, mas sim que está sendo produzida por essa política regressiva do governo Temer”.

O ex-auxiliar de Lula vê o processo eleitoral de 2018 em risco, justamente pela falta de uma opção viável à direita e que a esquerda está desafiada, antes de tudo, a reunir forças para impor o cumprimento do calendário constitucional e assegurar as eleições de 2018:

“Olho para a frente e pergunto: que nomes eles têm para 2018, se é que eles virão para a disputa? Aécio? Não vai a lugar nenhum. Serra? Também não vai a lugar nenhum. O próprio Alckmin, ao meu ver, não sai muito de São Paulo. O Moro não segura três meses de campanha. É de uma mediocridade total. Na verdade, eles não têm um nome e, isso se deve ao fato de que eles não têm um projeto para o país. Neste processo do golpe, eles destruíram a política e inclusive os nomes deles. Quem são as grandes referências que ainda estão aí? Há o Lula que, ao meu ver, crescerá cada vez mais. Além dele, há a Marina, em decadência, que pode crescer no discurso da não política. Tem o Ciro que pode crescer e o Bolsonaro, que pode crescer, mas não ao ponto de ganhar uma eleição. Mas eles irão para uma eleição sabendo que perderão? Acho que, de moto próprio, não irão”.

Fernando Brito, via Tijolaço 

Leia entrevista completa em, Sul 21
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