Michael McKinley e o secretário de estado John Kerry (Á direita) participaram de reunião do Exercito dos EUA no Afeganistão |
Sacou
o eufemismo? Então, agente da metrópole autora da intervenção via lacaios
locais ‘teleguiados’ que efetivaram o golpe, agora, com ‘a poeira’, relativamente,
baixada, para não dar na vista, surge como gerenciador, a título de ajudante ou
cooperador para dar uma força na ‘resolução’ das pendências no país.
Afinal ele teria que ‘gerenciar’ o quê? Pelo que se
sabe a missão de um diplomata em outro país se resumiria à função burocrática
de representar formalmente o seu país no país ‘amigo’, negociar acordos e não
chegar como um gerente, gerenciador... De que?
No dicionário seria algo como: “Quem gerencia, quem mostra o caminho com
planejamento, quem lidera e administra...”
Não é a primeira vez. Não é novidade. Quem é chegado
a este tipo de literatura sabe que a vida sempre imita a arte, ou vice-versa,
mas, os manés, vulgo coxinhas, de plantão vão achar uma maravilha, uma gracinha
de gentileza do irmão do norte, e podem chegar até a se emocionar com notícia
tão alvissareira de sua chegada.
Veja abaixo o currículo do dito cujo.
"Novo embaixador dos EUA no Brasil é 'gerenciador de crises'
O governo norte-americano vai enviar ao Brasil um
experiente "gerenciador de crises" para assumir a embaixada, no dia
11 de janeiro.
Peter Michael
McKinley, 62, é um dos raros diplomatas americanos a se tornar embaixador pela
quarta vez -já capitaneou a embaixada dos EUA na Colômbia, no Peru, e o último
posto foi no Afeganistão. Ele está acostumado com missões complicadas.
Na Colômbia,
participou do início das negociações de paz com as Farc. No Afeganistão, lidou
com o aumento de tensões políticas e ressurgência do Taleban. Em 1997, esteve
em Uganda como ministro-conselheiro (segundo na hierarquia), durante escalada
de tensões com a República Democrática do Congo.
McKinley nasceu na Venezuela em 1954 e cresceu no
Brasil, México e Espanha.
Como seu pai era
executivo da multinacional Anderson Clayton (fabricante da margarina Claybom,
adquirida pela Quaker nos anos 80), McKinley viveu dois anos em São Paulo, na
adolescência.
Desde então, tornou-se fanático por futebol -acompanha os jogos avidamente.
Com doutorado em
Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Oxford, fala português, espanhol
e francês. Sua mulher, Fatima, nasceu na Bolívia, e o casal tem três filhos.
"Michael
McKinley é dos dos mais respeitados diplomatas americanos, uma escolha
excelente para continuar a fortalecer a relação bilateral", disse Anthony
Harrington, que foi embaixador em Brasília (1999-2001).
Ele assume a
embaixada em situação bem mais tranquila do que a embaixadora Liliana Ayalde,
que chegou no Brasil no meio do escândalo da Agência de Segurança Nacional
(NSA) dos EUA.
O relacionamento
entre os dois países desandou após a revelação de que a NSA espionava a
ex-presidente Dilma Rousseff, o que levou ao cancelamento da visita de Estado
que ela faria a Washington em 2013.
Grande parte das
negociações bilaterais ficou paralisada desde então, mas a embaixadora
conseguiu manter abertos os canais entre os países e destravar iniciativas,
como a abertura do mercado americano para a carne brasileira in natura, medidas
de facilitação de comércio e o acordo do clima. Dilma visitou os EUA em julho
de 2015.
Agora, não há crise
entre os dois países, mas a agenda bilateral está reduzida e há muita incerteza
em relação ao futuro governo de Donald Trump. Grande parte do trabalho de
McKinley será tranquilizar Brasília em relação ao novo governo.
"Em meio às
incertezas criadas pela surpreendente eleição de Donald Trump para a presidência
dos Estados Unidos e pela grave crise que o Brasil atravessa, a chegada do
respeitado embaixador Michael McKinley introduz um elemento importante de
previsibilidade no diálogo entre os dois países", diz Paulo Sotero,
diretor do Brazil Institute no Woodrow Wilson Center, em Washington.
No momento, as
maiores preocupações do governo americano em relação ao Brasil são a corrupção
e a crise econômica do país.
"A vantagem é
que o Brasil não está na mira de fogo do próximo governo dos EUA, porque tem deficit
comercial com os americanos e não tem agenda negativa significativa, como
grande volume de imigração ilegal", diz Joel Velasco, vice-presidente da
consultoria Albright Stonebridge.
Outra missão
importante de McKinley será atuar junto com o Brasil em relação ao
desmoronamento do governo de Nicolás Maduro na Venezuela e a crise humanitária
que engolfou o país.
Se
gostou deste post subscreva o nosso RSS
Feed ou siga-nos no Twitter
para acompanhar nossas atualizações
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.