quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O que vai sobrar pra nós com a vitória do Trump nos EUA

Só não dá para concordar com análise dele é que: “... o resultado das eleições que tornaram Donald Trump o 45º presidente do país não atinge diretamente o Brasil”.

O golpe que detonou aquilo que se entendia como brasilidade, de algo como resgate da soberania e do orgulho nacional, com o Brasil centrando suas forças em cuidar de se mesmo, de suas riquezas e recursos em beneficio da população, vai nos colocar como se em uma bandeja, nas mãos do capital multinacional norte-americano, que o Trump representa.

Nada poderia ser pior para o momento pelo qual passamos que a eleição  “deste cara”.

Não que outro presidente qualquer não fosse se locupletar com as benesses que estão em oferta por aqui, mas ele é o próprio ícone “cuspido e escarrado” do neoliberalismo predador.

    "Países próximos aos EUA têm mais a perder com Trump, destaca ex-ministro

O ex-ministro da Fazenda e ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Rubens Ricupero, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, que o resultado das eleições que tornaram Donald Trump o 45º presidente do país não atinge diretamente o Brasil.

"Quanto mais próximo e mais dependente o país é dos Estados Unidos, mais ele tem a perder. O candidato número 1 a ter problemas é o México. O Brasil é mais difícil que seja atingido diretamente porque não tem nenhum benefício com a relação com os Estados Unidos", disse o diplomata.

Para Ricupero, a mensagem principal dessa eleição é a revolta, sobretudo de brancos adultos e operários industriais, que nas últimas décadas têm sofrido impactos mais sérios com a globalização, exportação de empregos, liberalização comercial e acordos de livre comércio.

"O que deu a vitória a Trump foi que ele levou todos os estados industriais, o Cinturão da Ferrugem. Ele representa essa revolta que não é limitada aos Estados Unidos. Acho que é uma revolta em larga escala", explicou.

Crítico do magnata, Ricupero disse que Trump trará para a vida política o que ele é como empresário. "Na vida dele, a gente nota que ele é demagogo, empresário aventureiro, passou a perna em milhões de pessoas. Ele deve repetir na presidência o que ele foi na vida até hoje", ressaltou.

Trump, no entanto, não é visto pelo ex-embaixador como um "suicida". Desta forma, ele excluiu as possibilidades de que o republicano irá "promover o apocalipse" e que será um milagre para o país.

"Minha impressão é que vamos ter um aventureiro, um demagogo, um populista que vai renegar muitas das coisas que prometeu. Vai haver reação contra ele. De uma forma ou de outra ele vai ter que se enquadrar", finalizou Rubens Ricupero.

Na Jovem Pan.

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