A novidade seria a
forma desta “nova’ invasão, já que os EUA sempre mantiveram seus prepostos por
aqui que, a bem da verdade, executam seus planos intervencionistas no verejo,
mas, como a coisa parece que vinha ‘pegando’ há já algum tempo sem cara de
mudança, ele parte para uma ação no atacado.
É o que vemos agora
graças ao golpe parlamentar que, não só tomou um governo eleito por 54 milhões
de votos, mas, que tem em mira na própria destruição de todo o projeto político
e de governo que começou no governo Lula, colocando um fim no entreguismo lesa
pátria do período FHC.
É uma entrevista
concedida há 3 anos atrás, mas que se tornou bem atual diante dos desdobramentos
daquilo que ele alertava que estava ocorrendo.
"Brasil está sendo invadido pelos Estados Unidos, diz Assange
Em videoconferência em
São Paulo, fundador do WikiLeaks diz que lei americana age no País.
O fundador do WikiLeaks,
Julian Assange, disse na noite desta quarta-feira (18), durante
videoconferência em São Paulo, que as denúncias de espionagem americana em
território brasileiro revelam que os Estados Unidos estão invadindo o Brasil.
“O que significa quando uma lei sai de seu
território [para agir em outro]? Vocês estão sendo invadidos por uma
jurisdição, que está fazendo valer sua lei no estrangeiro”, declarou Assange
durante o seminário Liberdade, Privacidade e o Futuro da Internet, organizado
pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Boitempo Editorial.
Assange fez as declarações por meio de uma
videoconferência direto da Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado
desde junho de 2012.
A lei citada por Assange trata-se do Ato
Patriótico, aprovado pelo Congresso americano logo após os atentados
terroristas de 11 de setembro de 2001.
A chamada lei do terrorismo permitiu que os
americanos realizassem escutas telefônicas e quebrassem sigilos para investigar
possíveis atos de terrorismo.
Técnicas violentas de interrogatório também foram
empregadas no Oriente Médio. Para Assange, o aparato de espionagem global
montado pelos EUA é consequência disso.
Segundo o australiano, esse cenário revela que há
um colapso do estado de direito no Ocidente.
— É um colapso dos direitos humanos.
Para o fundador do WikiLeaks, site que revelou boa
parte das violações aos direitos humanos que os americanos cometeram na chamada
guerra ao terror, os EUA montaram um aparato de vigilância massiva no mundo
inteiro.
— Quase todas as comunicações da América Latina
(98%) passam pelos EUA. Toda a estrutura [tecnológica] da comunidade do Brasil
foi roubada pelos Estados Unidos. Cada pessoa que se comunica aqui está
embutida nessa estrutura.
Ao mesmo tempo, diz Assange, essa infraestrutura
de telecomunicações “torna possível esse tipo de comunicação, entre mim, aqui
na Embaixada do Equador em Londres, e vocês, no Brasil”.
Julian Assange, de 42 anos, está refugiado na Embaixada do Equador em Londres, na
Grã-Bretanha, desde
19 de junho para evitar a extradição à Suécia, onde querem interrogá-lo sobre
denúncias de crimes sexuais.
O ex-pirata da informática, que enfureceu
Washington em 2010 quando seu site WikiLeaks publicou milhares de documentos
diplomáticos secretos dos Estados Unidos, disse que teme ser enviado a esse
país, onde acredita que sua vida correria risco.
Até o momento, nem os Estados Unidos nem as
autoridades suecas fizeram acusações formais contra Assange. Promotores suecos
querem interrogá-lo sobre acusações de violação e agressão sexual feitas por
duas participantes do WikiLeaks em 2010.
Assange disse que teve relações sexuais
consentidas com as mulheres que o denunciaram.
Em Notícias
R7
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