sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Jucá propõe democracia “diretíssima’, sem a intermediação parlamentar (nem do povo)

É a inovação... Democracia, entre aspas, direta, diretíssima... Sem os intermediários usuais e muito bem pagos até então – deve ser contenção de despesas das ditas cujas – os deputados e senadores, conhecidos vulgarmente como “representantes do povo”, tradicionalmente ‘filiados’ ao caixa das empresas, inclusive ou, sobretudo, às multinacionais, que insistem, e agora, pelo visto estão conseguindo, tornar o país uma província de exploração preferencial, uma republiqueta de bananas...

Comemore! Isso graças ao seu voto (???). Voto ‘consciente... ’ Na ratificação do golpe com esta vitória esmagadora que lhes deu nas eleições municipais do último domingo. Se é que tem ideia do que representa de fato este vocábulo acima, em negrito.

Sabe o que é um lobista, não? Então, vai ser via dito cujo, oficializando e sacralizando sua função até então ‘intestinal’... ’

Só pra lembrar, a tal PEC tem, ainda, algumas filigranas, no mínimo inusitadas, que entre outras consequências podem tornar ainda mais irrelevante o tal do voto.
"Jucá apresenta PEC para que empresas proponham emendas no Congresso
Ministro informal do governo doe Michael Temer, o senador Romero Jucá (PMSD-RR) apresentou nesta terça-feira (20) uma proposta de Emenda à Constituição que regulamenta o lobby no Congresso Nacional e permite que empresas apresentem “emendas e proposições” na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

A proposta inclui ainda a possibilidade de representantes de empresas integrarem as comissões que discutem as emendas, sem terem, contudo, direito a voto.  A PEC 47 também contempla governos municipais e estaduais, pessoas físicas e jurídicas, órgãos federais e entidades civis e concede ao lobista “o direito de ser recebido pela autoridade competente” do Poder Executivo.

Conforme noticiou a coluna de Lauro Jardim, no Globo, Jucá justificou a PEC, admitindo a percepção de "sombras e suspeitas" da população nesse debate:
"Não nos escapa a percepção das sombras e suspeitas que o imaginário popular e o noticiário policial e judicial lançam sobre a atividade de lobby, mas, também, não podemos ignorar que a vertente séria dessa ação detém importância ímpar nas diversas vias de atuação do Poder Público em todos os níveis, carreando dados, informações, necessidades e elementos ricos e indispensáveis à melhor definição das políticas públicas, das ações estatais e da atividade legislativa e normativa.

Que se puna o lobby ilegal e criminoso e seus agentes, mas que isso não impeça o lobby institucional, legal e regulamentado de prosseguir contribuindo positivamente para a ação estatal".


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