É, submissão!
É o resgate da condição
do Brasil ao período pré-Lula... Ou melhor dizendo, FHC & Cia...
Como vê, pelo que já
vem rolando na mídia, não só em seus efeitos internos, como detonar um conjunto
de medidas que privilegiavam, efetivamente, ao país e ao povo brasileiro como um
todo. É, porque não só os “bolsas da vida” vão dançar... É esperar pra ver!
“Temer tentará fortalecer a relação com os Estados Unidos e Europa a fim de que eles reconheçam a legitimidade do governo interino, e, para tanto, será forçado a manter distância dos membros do Brics para evitar desagradar Washington”, disse Zhiwei.
Se conhece o Brics e sua importância, não só
econômica como política no cenário internacional não vai estranhar um “opção”
como esta dos golpistas, sobretudo, quando se sabe que o golpe, só é local como cenário e em sua execução...
É bom lembrar que uma organização
similar – com objetivos idênticos, mas, restrita aos países sul americanos, o Mercosul – também, já vem sendo
detonado pelo interino, via serra, desde a sua “posse” pós-golpe.
"China acusa Temer e Serra de boicotarem o Brics
O governo chinês vê com
grande preocupação a mudança de política externa brasileira. Texto que acaba de
ser publicado pelo serviço em português da agência de notícias estatal Xinhua
sobre o primeiro mês de afastamento da presidente Dilma Rousseff afirma que “o
presidente interino, Michel Temer, se aproveitou para alterar a estratégia
diplomática do país e deixar de priorizar as relações com os Brics”, em
referência ao bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O texto é assinado pelo
diretor da sede dos serviços em português da Xinhua no Rio de Janeiro, Chen
Weihua, e pelo editor internacional da agência, em Pequim, Zhao Hui. Embora a
análise não tenha o peso de uma comunicação oficial, reflete a opinião de ao
menos parte da elite que comanda o país. A Xinhua é uma agência diretamente
subordinada ao governo. Com 170 escritórios espalhados pelo mundo, é presidida
por um integrante do Comitê Central do Partido Comunista Chinês.
“Desde a criação do
Bric em 2009 (antes da adesão da África do Sul, em 2010), o Brasil sempre
priorizou as relações com os membros do bloco, no âmbito da cooperação Sul-Sul,
uma escolha que o governo interino parece não ter intenção de manter. O novo
ministro das relações exteriores do Brasil, José Serra, anunciou, logo após o
estabelecimento do governo interino, que os focos principais da ‘nova política
externa’ brasileira são, dentro da América Latina, a Argentina e o México, e
fora dela, os Estados Unidos e a União Europeia. No caso dos Brics, Serra se
limitou a dizer que o Brasil vai se esforçar para aproveitar as ‘oportunidades’
que o bloco oferece, mas sempre tendo o comércio e os investimentos mútuos”,
segue dizendo o texto.
De acordo com a Xinhua,
analistas chineses vêem risco de o governo Temer “minar a eficácia dos
mecanismos do grupo” ao buscar atuar como voz isolada nos fóruns globais. A
agência cita o diretor executivo do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto
de América Latina da Academia de Ciências Sociais da China, Zhou Zhiwei, para
quem, diferentemente da prioridade atribuída por Dilma aos países em
desenvolvimento, o presidente interino busca estabelecer um novo equilíbrio
entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
“Temer tentará
fortalecer a relação com os Estados Unidos e Europa a fim de que eles
reconheçam a legitimidade do governo interino, e, para tanto, será forçado a
manter distância dos membros do Brics para evitar desagradar Washington”, disse
Zhiwei.
Um diplomata brasileiro
comentou de forma reservada que ao mencionar os BRICS em seu discurso de posse,
o ministro José Serra procurou deixar clara a importância conferida ao grupo.
Acrescentou que o presidente interino, Michel Temer, se dedicou pessoalmente às
relações entre o Brasil e a China, mantendo várias reuniões com o
vice-presidente chinês, Li Yuanchao. Em visita oficial à China, Temer, foi até
mesmo recebido pelo presidente do país, Xi Jinping.
Por Paulo Silva Pinto - CorreioBrasiliense
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