sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A encenação da cassação do cunha foi tão bem elaborada que foge ao senso comum

 A encenação da cassação do cunha foi tão bem elaborada que foge ao senso comum – as verdadeiras intenções – o que vai parecer ao eleitor, e ao da poltrona, desavisado que finalmente a coisa vai, que a coisa chegou para mudar, para melhorar, ou outra expressão que escolher ou preferir.

 Entretanto, alguma coisa tá pegando, e muito!

Por exemplo. Como o articulador, e executor, de fato, do golpe, que foi afastado estrategicamente pelo STF para não dar na vista, leia aqui, sai assim, com o rabo entre as pernas... Onde foi parar tanto poder e arrogância/prepotência do dito cujo?

Claro que não foi só pelo hipotético dinheiro/fábula que, conforme "falam" por aí teria recebido para ficar calado e não contar as filigranas do golpe, inclusive o protagonismo, mesmo que incipiente, posto que incompetente de carteirinha, do interino.

Então, o que teria motivado tanto o seu afastamento, como o seu silêncio posterior?

Quem o conhece, minimamente, sua trajetória não engole fácil este estorinha.

Uma pista, talvez, seja um capitulo da novela do golpe, quando um Congresso fajuto votou o afastamento ilegal da presidente eleita por 54 milhões de votos com uma desculpa esfarrapada que não convenceu nem ao mais alienado ‘assistidor do JN’.

Quando toda a mídia internacional esculachou com o golpe, com as desculpas fajutas de um Congresso servil e em grande parte mancomunado com os tais interesses escusos, tanto nacionais como estrangeiros – leia-se EUA – que tentava posar de cumpridor da lei, de justos e, (pasme!) democráticos.

ideia que era, na verdade, parte do plano golpista bem elaborado pra pegar trouxas – e o pior é que pegou, e como! – era desfazer a imagem de ‘pau de galinheiro’ que ficou com a tal “casa do povo” depois da falácia do golpe.

O bem, muitíssimo bem, abonado cunha fez, representou, muito bem o seu papel. Saiu calado e com cara de ofendido, quando o Congresso, via TV e mídia associada como um todo – representou um papel de justo, honesto, de defensores da democracia, afastando da vida pública o dito cujo e assim resgatando a sua própria 'hipotética' imagem, ou melhor, construindo uma imagem diante do eleitor néscio, como a de um Congresso grande, honesto e justo e com isso passando aval de que o golpe contra a Dilma foi da mesma natureza: legal, justo, honesto ou qualquer outro vocábulo do gênero que preferir.

Logo, o “argumento” foi forte para legitimar o golpe, posto que é ilegal, dando­-lhe uma maquiada democrática bem ao gosto das plebes – de qualquer nível de escolaridade e renda, diga-se de passagem – desavisadas e alienadas, ou use, se preferir, informadas via ‘globos’ da vida.

É isso! A História vai fazer jus ao "grande espírito patriótico/entreguista" do grande cunha e seu desprendimento regado a contas fartas em bancos estrangeiros, preservando o "processo democrático-golpista".

E você aí... Continue festejando o grande feito do representante de sua própria vontade, via voto, na, também, conhecida como “casa do povo” (se for o seu caso, é claro!).

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