segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O interino vem se saindo melhor do que a encomenda. Um farsante de plantão pra ninguém botar defeito


Apesar dos esforços da mídia associada e servil/vendida de sempre, em ocultar, em tentar ‘dourar a pílula’. 

O episódio bizarro de convocar os “paparazzi” oficiais para posar de família indo buscar o filho na escola, bem como o já decidido, levar a família, incluindo a sogra, para posarem na abertura das Olimpíadas, é apostar na leseira e/ou imbecilidade do ‘eleitor’.

Se faz, é porque acredita. Acredita na imbecilidade do eleitor, e coxinhas que incensaram o golpe e, pasme, que deve continuar “apoiando”, em que pese as más noticias de ‘seu governo’ que surgem em horizonte próximo.
  
A alienação, aqui sinônimo de desinformação, o que inclui se ‘informar’ nos JNs/Globo, Vejas, Estadões e Folhas da vida, deve ajudar a explicar este fenômeno inusitado.

Esta encenação toda do interino é uma tentativa marqueteira de reverter o incrível desconhecimento que as pesquisas vêm revelando sobre o seu perfil, quando quase ninguém tem a mínima idéia de quem seja.
"O que levou Temer a usar o filho de 7 anos numa operação de marketing rasteiro
A biografia de Michel Temer acaba de cruzar com a de Fernando Henrique Cardoso em mais um aspecto lamentável — e não me refiro à vocação golpista.

No mês passado, numa entrevista à Al Jazeera, FHC evocou o filho Tomás para provar ao jornalista Mehdi Hasan que era um cidadão de bem.

“Essa senhora [Mírian Dutra] tem um filho. Ela diz que é meu”, disse ele. “O DNA provou que não é. De qualquer jeito, eu gosto do cara. Eu banquei sua educação o tempo todo com meu dinheiro, usando o Banco Central. Eu mandei dinheiro para o cara.”

O rapaz surgiu na discussão por obra e graça do velho, que se amparou nele como uma tábua de salvação moral.

Na terça, 26, o interino, tentando ver se conseguia transmitir uma imagem de normalidade, provavelmente preocupado com o resultado trágico das pesquisas, resolveu expor estupidamente o filho Michel, de 7 anos.

Temer mandou seus assessores — e eles obedeceram — avisarem a imprensa que estaria na escola dele com a mulher, Marcela.

Um dos golpes mais baixos no manual da busca pela popularidade. E a imprensa amiga obedeceu e cobriu e mostrou.

Era o primeiro dia de aulas do pequeno Michel. Ele saiu antes dos colegas para encontrar os pais e todos poderem posar para as câmeras. De longe, Temer acenava para os fotógrafos enquanto orientava o caçula sobre como proceder diante dos paparazzi de casa.

Alguém lhe questionou se ele passaria a fazer aquilo todos os dias. Temer, solerte, respondeu: “Só hoje! Só hoje!”. O sujeito estava representando um papel que não vai mais se repetir. Michel Jr. deve estar achando que o pai fez aquilo numa boa, por puro amor e consideração, e que repetiria o gesto.

No tumulto, uma mãe gritou para os profissionais da mídia: “Vai ser todo dia essa palhaçada?”. “Vão atrás dos corruptos, ele é só uma criança”, falou outra. Elas seriam, depois, informadas que o Planalto havia convocado a galera e que podiam ficar tranquilas. O tempo de ir atrás dos corruptos passou.

Que tipo de homem coloca sua criança de 7 anos como peça de um plano de marketing mequetrefe? Quem ele pensa que engana? Alguém pensou no moleque ou está combinado que ele serve apenas para enfeitar o museu de cera de Michel, assim como mamãe?

E por que a imprensa compareceu em peso a essa encenação meia boca?

Numa entrevista com Dilma, eu quis saber se ela esperava que o vice decorativo a fosse trair e se o confrontou quando a conspiração ficou clara. Dilma disse que o interpelou e que não achava que ele fosse capaz de fazer o que fez “por um motivo não mencionável”.

A cada demonstração da elasticidade do caráter de Temer, esse motivo não mencionável cresce e fica mais misterioso e feio.

Por por Kiko Nogueira - DCM 

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