A 'família graciosa'
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Coisas assim não são novidades na história da
democracia, entre aspas, que sempre funcionou no país. Sempre, assim, quando
aconteceu, nos intervalos das ‘exceções golpistas’, como pode conferir aqui.
A tal elite e seus representantes estavam
impacientes com o prolongamento de um governo – Lula/Dilma – que não só suspendeu
décadas de regalias e relativizou outras, dando assim um tempo em “governos
pessoais”, tipo o do interino, como ameaçava (ameaça com a perspectiva de Lula de
volta em 2018) dar continuidade a esta pouca vergonha de se voltar, assim, para
o povo, para os interesses do povo, ou da maioria da população.
Uma frase do ‘nobre deputado’ e ministro do interino golpista ilustra muito bem o que
estamos falando: (...) “Minha
base eleitoral é outra. Eu não tenho esse problema” (...). Em manter os “Bolsas Famílias”
e SUS da vida.
Esta “filigrana burocrática’ da
boquinha de sua parente, bizarramente fazendo jus a todo tipo de bolsas: é a típica ironia que pode deixar perplexo
algum eleitor meio desavisado com tanta incoerência: (...) auxílio-alimentação,
auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-natalidade,
auxílio-moradia e ajuda de custo. Além disso, tem direitos como “abono
constitucional de 1/3 de férias e gratificação natalina”.
Tudo isso “de cima”
de salário base de R$ 10.352,52
O ‘golpe civil’ tem, também, estes objetivos internos,
digamos assim, de “resgatar estes tempos
bons”. Isso, além daqueles que tem os cordões além fronteiras, é claro!
É o que vai ver abaixo.
"Ministro que propôs corte do Bolsa Família e do SUS tem sobrinha não concursada recebendo R$ 15 mil mensais
Sr.
Presidente, pela unidade do Partido Progressista, que fechou questão em relação
ao impeachment, pelos progressistas da minha família: Maria Victoria, Cida
Borghetti, Silvio Barros, pelos paranaenses que represento e pela minha
Maringá, o meu voto é sim. Então
deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao votar pela abertura do processo de impeachment
de Dilma Rousseff na Câmara
Ninguém
vai ficar na miséria se cortar um pouco do programa. São eles [do PT] que
politicamente se beneficiam da distribuição de recursos do Bolsa Família. Minha
base eleitoral é outra. Eu não tenho esse problema. Quando eu propus zero de
reajuste para os servidores públicos, eu propus porque o governo simplesmente
não tem como pagar. Deputado
Ricardo Barros, relator do Orçamento, em 2015, ao propor corte de 36% nas
verbas do Bolsa Família
Vamos
ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em
outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não
tinha mais capacidade de sustentá-las. Ministro
da Saúde Ricardo Barros, propondo restrições a direitos no Sistema Único
de Saúde
Ninguém
é obrigado a contratar. Não cabe ao ministério controlar isso. Ministro
Ricardo Barros ao dizer que não pretende controlar a qualidade dos planos de
saúde privados
Da
Redação, com Garganta Profunda
O engenheiro Ricardo Barros, que deixou mandato
parlamentar do PP-PR para servir ao governo interino de Michel Temer na
condição de ministro da Saúde, causou um bocado de polêmica nos últimos meses.
Ele tem se mostrado linha dura quando se
trata de gastos públicos. Propôs aumento zero para servidores públicos e disse
que é impossível sustentar o SUS.
Porém, sabemos agora que Barros tem bem perto
de casa um exemplo de possível corte que pouparia o suficiente para dar o
benefício básico do Bolsa Família a 195 domicílios.
Trata-se da sobrinha de sua esposa, Alana
Borghetti Violanni, que trabalha no cerimonial do Tribunal Regional do Trabalho
do Paraná com um salário bruto de R$ 15.087,38.
Alana não é concursada. Foi lotada na
Secretaria Geral da Presidência e tem direito a vantagens como auxílio-alimentação,
auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-natalidade,
auxílio-moradia e ajuda de custo. Além disso, tem direitos como “abono
constitucional de 1/3 de férias e gratificação natalina”.
É por isso que o salário base dela, de R$ 10.352,52,
chega aos R$ 15.087,38 brutos mensais.
Alana é sobrinha de Cida Borghetti,
esposa de Ricardo Barros, que é vice-governadora do Paraná.
Fonte interna do
tribunal informa que “a remuneração dela corresponde a de um cargo de chefia
dos mais altos do TRT-PR, um CJ03. Trata-se não apenas de mais um caso de
provável nepotismo cruzado e troca de favores. Num momento de crise como
esse, trata-se do retrato do descaramento que tomou de assalto o governo
brasileiro”.
A fonte da informação acrescentou: “Cabe
dizer que não tenho nada de pessoal contra a moça, mas não é possível que um
tribunal que demite seus terceirizados e quebra contratos com seus fornecedores,
tudo por falta de dinheiro, possa manter a sobrinha de seu principal inimigo em
seus quadros por uma mera conveniência política”.
O informante se refere ao fato de que o
contingenciamento que afetará o funcionamento dos TRTs em 2016 foi proposto
pelo deputado Ricardo Barros quando ele foi relator do Orçamento da União.
Os maiores prejudicados pela medida serão os trabalhadores que movem ações
contra seus patrões.
Registros oficiais mostram que Alana tem
cargos no judiciário paranaense desde julho de 2012. Ela foi exonerada em
fevereiro de 2015, mas dois meses depois já havia sido nomeada outra vez,
contratada desta vez na Assessoria de Comunicação do TRT-9ª Região.
Em viomundo
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