O que surpreende não é
a notícia em sem si mesma, já que não é nenhuma novidade esse caráter predador
e ‘concentracionista’ de renda do
neoliberalismo, uma quintessência do velho capitalismo. A ‘fala’ ou critica só surpreende pela fonte.
É, o dito cujo admite
em encontro internacional a sua verdadeira cara a sua natureza real.
O detalhe é que foi uma
formula feita especialmente para facilitar as coisas em países em desenvolvimento, provavelmente para tentarem não perder
poder de mando e espantar qualquer medida diversa.
Não obstante o “mea culpa” inédito, os métodos continuam
a todo vapor. Que o diga o golpe que está tentando se implantar, ou efetivar,
no Brasil, com os paus mandados do psdb & cia, já que o período Lula/Dilma não rezou, “ipsis litteris”, pelo seu catecismo.
"O FMI e sua crítica à política neoliberal
Na
última semana, em artigo publicado em sua principal revista, o Fundo Monetário
Internacional, através de seus principais economistas, criticou veladamente a
agenda neoliberal. No Brasil, no entanto, ao contrário do que prega o chamado
mercado e parte da mídia, o governo golpista representa retrocesso nas ideias e
no pensamento econômico.
Na última semana, em
artigo publicado em sua principal revista, o FMI (Fundo Monetário
Internacional) através de seus principais economistas criticou veladamente a
agenda neoliberal.
Intitulado,
“Neoliberalism: Oversold?” (em uma tradução livre; “Neoliberalismo:
Superestimado?”) o artigo demonstra um debate bastante interessante em curso no
próprio FMI, refletindo sobre os limites e insucesso de políticas neoliberais
tão propaladas e executadas, principalmente, a partir dos anos 80, nos chamados
países em desenvolvimento.
Este trabalho avalia,
centralmente, dois pontos importantes da agenda neoliberal: a liberalização da
conta de capital, ou seja, a liberdade que os capitais, especulativos ou não,
possuem em entrar e sair de um país, como por exemplo, o Brasil; e, também, a
dita cuja austeridade fiscal, algo que estamos vivendo e sobrevivendo mais
pronunciadamente desde 2015 e, ao que tudo indica, aprofundado com o fiscalismo
golpista.
Os autores reconhecem
que as políticas implementadas com viés neoliberal resultaram em aumento da
desigualdade social e sérios comprometimentos ao crescimento econômico dos
países.
Pois bem, no Brasil,
desde a implementação do Plano Collor e, em seguida, a partir de 1994, com o
Plano Real, a agenda neoliberal segue com maior ou menor intensidade, com forte
redução dos gastos públicos, privatizações (lembremos: Usiminas, Vale, setor de
telefonia, setor elétrico etc.)
A partir de 1999,
implementa-se a chamada políticas de metas de inflação (câmbio valorizado,
superavit fiscal primário, taxas de juros elevadas), cujo principal objetivo é
manter a inflação dentro da meta, nem que para isso tenha que aumentar o nível
de desemprego ou reduzir a renda ou o crescimento econômico.
Esta agenda
brasileira baseada no famoso consenso de Washington, como o artigo dos
economistas do FMI nos mostra, aumentou veloz e violentamente o desemprego, com
crescimento econômico negativo e, por consequência, a desigualdade social. Essa
foi a nossa década mais do que perdida brasileira.
Mundo afora,
economistas ortodoxos relativamente sérios estão reavaliando suas teses e
pensamentos e rediscutindo o papel do Estado na economia capitalista contemporânea,
como elemento indutor e regulador do processo econômico.
Já em terra brasilis,
essa discussão é ainda muito modesta na academia ortodoxa, o capital tem
sincopes sobre isso e os que decidem ou executam a política ou estão
desatualizados ou não desejam, de fato, elaborar políticas econômicas para o
conjunto da sociedade.
Para tanto,
observemos nosso passado recente. Joaquim Levy foi escalado para reestabelecer
a confiança do capital. Elogiado por parte da mídia, o que se viu após um
período: a confiança desmanchou-se no ar, e a busca do tão desejado superavit
primário resultou na ampliação do deficit. Já, outro salvador do capital, com a
chancela de golpista, Henrique Meirelles, anunciou um pacote na última semana
ainda mais recessivo. Observa-se que ambos não estão sintonizados, ou não
querem, com o debate/discussão de seus pares ortodoxos, como por exemplo, o
FMI. Ou seja, além de aplicarem medidas recessivas, estão atrasados e tardios
em suas propostas e políticas. Ao contrário do que prega o chamado mercado e
parte da mídia, o governo golpista também representa retrocesso nas ideias e no
pensamento econômico.
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