quinta-feira, 26 de maio de 2016

Para quem não se lembra, ou não viu, uma pequena pérola sobre o “governo FHC”... Já que “voltou” com o Temer

 
Este é um artigo retirado dos arquivos, que passo a divulgar novamente em função do momento político, onde um governo do mesmo naipe, ou pior, se é que isto seja possível, já que o seu acesso ao poder ocorreu de forma pouco convencional, ou como já sabemos por um golpe sujo, e que a cada dia mostra mais as suas entranhas podres, que deve estar envergonhando quem bateu panelas, foi pra rua ou festejou quando “derrubou” a presidente Dilma.

A tal fita do Romero Jucá, homem forte do desgoverno Temer, que “caiu na rede” com afirmações de sua própria boca sobre o engendramento do golpe para impedir que a operação Lava Jato prosseguisse, e que não viam outra saída a não ser destituir a presidente que, por mais que omitam e com a anuência e apoio da imprensa marrom e de seu subproduto, o “da poltrona”, era a responsável por esta devassa na História recente da coisa pública do país, é um atestado de idoneidade da presidente Dilma, que saiu melhor do que se encomendado, já que veio através, literalmente, da boca de um dos mentores e executores do golpe.

Até a mídia amiga, e associada, esta tentando dourar a pílula, contando com a trouxice de sempre do “da poltrona”, mas quem ainda preserva um mínimo de sanidade mental, e cívica, deve estar com vergonha do crime que apoiou e ajudou a se concretizar.

Mas, voltando, o artigo faz uma avaliaçãozinha do período fhc, assim em minúsculas, feita pelo jornalista Aloysio Biondi, à Adunicamp – Associação de Docentes da UNICAMP – em 1999.

A relevância da republicação desta entrevista é que – embora, talvez, não se segure por muito tempo – o “desgoverno” do temer e sua corja, pode (ria) ser bem pior do que vai conferir abaixo, que foi o arremedo de governo do fhc/psdb, já que da mesma laia.


Confira, vale à pena!  
"Mortalidade infantil no governo FHC chegou ao dobro do recorde mundial registrado na pior região da África 
24 de outubro de 2013. Como pode ver na data, este é um artigo meio antigo que fala de um tempo, também, meio antigo, ainda bem, ou se preferir: “Graças a Deus”.
Na realidade ele se refere a uma entrevista feita em 1999. É isso! Não sei se pensaria neste período se não fosse a referência – o nome do dito cujo – no título.
É que a velha – de antiga e de velhaca. Não sei se existe isso – mídia, se já escondia no período, imagina agora depois que os seus patrocinadores perderam o poder e jogam todo tipo de jogo sujo para retomarem a “boquinha”.
O que vai ler abaixo é um trecho de uma entrevista do Aloysio Biondi à Adunicamp – Associação de Docentes da Unicamp – mas, se achar relevante ou que valha à pena conhecer um pouco do período na visão – literal, “in loco”, como se diz – de quem esteve por lá, clique no link abaixo [Fonte] e confira a entrevista toda.
O tempo passa, e as pessoas já não se lembram. A mídia corporativa trata de encobrir com o imenso véu do esquecimento o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que quebrou o país, como Pedro renegou Jesus, três vezes.
Mas, uma antiga entrevista de Hamilton Octavio de Souza com o jornalista Aloysio Biondi, em novembro de 1999, sugestivamente intitulada "Mau-caratismo de FHC, publicada na Revista Adunicamp, nos ajuda a lembrar o que é um governo tucano, que com seus aliados, coligados ou não, ameaça voltar. 
Adunicamp – O novo Plano Plurianual de FHC, denominado “Avança Brasil”, mantém as mesmas diretrizes do primeiro governo ou apresenta alguma novidade? 
Aloysio Biondi: Acho bobagem falar do plano “Avança Brasil”, acho melhor falar da política econômica total do governo que aí está. A gente vai acabar falando de política tributária que não existe, de política industrial que não existe, de política agrícola que não existe. Recentemente, os jornais publicaram um quadro sobre a liberação de verbas do governo em relação ao total previsto e, então, tem lá: reforma agrária, 25% do previsto; Proger, que é um programa de geração de renda, 0,5% do previsto. Essa história das cestas básicas, por exemplo, já em abril, num artigo meu publicado na Folha, eu falava sobre uma reunião que houve no Palácio do Planalto entre o Comunidade Solidária e todos os ministros, o Fernando Henrique anunciou um aumento de verba para a área social que continuava sendo absolutamente ridículo. A Folha tinha publicado, semanas antes, uma matéria dizendo que a seca aumentou a mortalidade no Nordeste. O texto dizia que a mortalidade infantil no sertão tinha chegado a 400 mortes para cada mil crianças até um ano, que era o dobro do recorde mundial registrado na pior região da África. Na matéria, a prefeita de uma cidade dizia que a situação era dramática porque a população não estava recebendo as cestas básicas e os pagamentos das frentes de trabalho estavam atrasados há três meses. Quer dizer, o que estava matando não era a seca, mas o corte no orçamento, o ajuste fiscal. Isso lembra o que dizia o Fernão Bacha no início do governo Fernando Henrique: ele falava que era bobagem ficar discutindo verbas com o Congresso, que o negócio era deixar aprovar o que quiserem, depois a gente segura. E ele dizia: basta fechar os olhos e tapar os ouvidos à gritaria e à desgraceira ao redor, que é o que esse governo está fazendo. 
Adunicamp – E o assunto sumiu do noticiário. 
Aloysio Biondi: Eu digo que a imprensa é cúmplice no genocídio, porque isso está acontecendo, as pessoas estão morrendo de fome no Nordeste, a seca jamais acabou, o governo reduziu as frentes de trabalho a um quarto, a verba de cestas básicas foi liberada apenas um quarto do previsto (25%). Inclusive saiu nos jornais que o pagamento de quem trabalhou nas frentes de trabalho em dezembro ainda não tinha sido pago até julho. Quer dizer, é a primeira vez que eu vejo um governo ter a coragem de dar calote no flagelado da seca que trabalhou em frente de trabalho. [Fonte] 
Há mais nessa entrevista. Mas, por enquanto, deixo este pequeno trecho com essa informação poderosa, vergonhosa e abafada, esquecida. 400 crianças mortas em cada mil, porque o dinheiro foi para o plano elaborado por aqueles que vivem deitando falação por aí, Pedro Malan, Armínio Fraga, André Lara Resende, Pérsio Arida (este eu comentei aqui, recentemente, Ex-presidente do BC de FHC é contra crescimento econômico e a favor do aumento de juros e desemprego). 
Eles ameaçam voltar, por isso, como um breve, porque este é um blog político, já tratei de declarar aqui, no dia 10, que em 2014, vou votar igualzinho a 2010. E você? 


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