Era previsível. O temer com seu arremedo de governo não passa de um ‘pau mandado’ não
só do cunha, mas de muitos outros interesses
escusos e deletérios para os interesses do Brasil e do povo brasileiro, inclusive
além fronteiras.
O detalhe inusitado é a sem cerimônia com que
o cunha dá as sua ordens e a subserviência
do temer em atendê-las prontamente. Poderia pelo menos fingir que ‘governa’,
mas sua incompetência é tão flagrante que nem isso ele consegue.
Outro fato surpreendente é que o dito cujo “eminência
negra”, tem uma “equipe” de sustentação de 300 deputados (entre 513) na casa “do
povo”... Pode? Que povo é este que entregou a “sua casa” a um bando de bandidos
assim?
Outro ponto que chama a atenção é a bancada da “bíblia”, que já conta com
algo em torno de 100 deputados, mas, o que preocupa, mesmo, é que o tal do malafaia, ídolo do cunha (também da “bíblia”) andou falando que o Brasil ainda pensa que
é um país laico...
Algo está pegando e precisa se repensado
neste lance de voto, de eleição...
"Influência de Eduardo Cunha constrange governo de Michel Temer
A sombra de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado
afastado da presidência da Câmara e do mandato desde o último dia 5, tem
despertado críticas e receios entre aliados de Michel Temer e integrantes do
PMDB no Senado.
O núcleo do governo interino se esforça para
minimizar a nomeação de pessoas próximas a Cunha em postos-chave para a nova
administração, mas o deputado demonstra disposição em impor gente de sua
confiança como interlocutores inevitáveis de Temer com o Congresso.
Cunha foi afastado do cargo a menos de uma semana
da votação do impeachment no Senado. Era um período delicado para Temer, mas o
deputado foi à residência oficial do hoje presidente interino no domingo
seguinte a sua queda.
Na conversa com Temer, deixou claro que não pretendia
recolher as armas. Disse que lutaria na Justiça para reaver o mandato e que se
manteria politicamente organizado. A prova de que falava sério veio dias
depois.
O afastamento de Cunha alçou Waldir Maranhão
(PP-MA) à presidência da Câmara. Deputado de pouca expressão, sempre foi aliado
do peemedebista, de quem só se afastou às vésperas do impeachment. Maranhão
tentou se firmar no cargo, mas foi alvejado por aliados de Cunha e por PSDB e
DEM.
Ameaçado até de expulsão por sua sigla, voltou-se
para o peemedebista.
Conseguiu uma trégua. Desde o afastamento de Cunha,
Maranhão foi pelo menos duas vezes à casa dele. "Mesmo afastado, Cunha
continua usando seu poder para comandar a Casa por meio do presidente
interino", avaliou Pauderney Avelino (AM), líder do DEM.
A maior prova da força de Cunha, no entanto, veio à
tona esta semana, quando deputados do chamado "centrão" reuniram
cerca de 300 assinaturas para impor a escolha de André Moura (PSC-SE) como
líder do governo Temer na Casa. O bloco teve participação decisiva na eleição
do peemedebista para a presidência da Câmara, em 2015.
O número de apoios a Moura fez Temer ceder. As
primeiras críticas vieram pelo currículo de Moura, que já foi acusado até de
tentativa de assassinato, o que ele nega.
Senadores criticaram a posição de Temer –Renan
Calheiros (PMDB-AL) o fez publicamente–, e, os mais próximos ao interino
manifestaram preocupação com que ele se torne "refém" de Cunha.
Numa tentativa de amenizar essa impressão,
deputados aliados ao presidente interino afirmam que, uma vez indicado, Moura
tende a se afastar de Cunha para formar seu próprio núcleo de influência.
"Hoje Cunha não é o mesmo que era ontem. E amanhã já não será mais o mesmo
de hoje", define um deputado do PMDB.
O Planalto, por sua vez, tenta disseminar a versão
de que Moura é o sintoma de um movimento mais amplo de todos os partidos
pequenos e médios da Câmara para mudar o eixo do poder na Casa e minimizam o
poder de Cunha sobre o governo interino.
Daniela Lima e Ranier Bragon
De Brasília/Folha
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