Ontem vi “un
passant”, no Globo News, uma notícia sobre desdobramentos da
crise entre a Arábia Saudita e o Irã. Como era de
se esperar, o desafeto norte americano, o Irã, tomou o papel de vilão, e
de “vítima” a aliada Arábia Saudita, que lamentava a radicalidade do
inimigo.
O lance que ficou evidente é que os EUA inexistem
na crise, não foi mencionado nem de leve enquanto o repórter deixou evidentes
as intenções escusas da Rússia quando esta se oferecia como mediadora na crise.
Quem está na poltrona relaxado em sua tentativa de
informação não desconfia que a eminência parda, como tal oculta no jornal –
sobretudo no ‘noticiário’ – é os EUA, mas, como a Globo está sempre a serviço,
desde sempre, de seus patrões do norte, o fiel telespectador deve ter
acreditado na armação a título de notícia.
O resgate deste texto abaixo, do Henry
Kissinger, que foi conselheiro para política estrangeira de todos os
presidentes dos EUA de Eisenhower a Gerard Ford e Secretário de Estado nos
governos Nixon, saiu-se em 1974 com esta pérola de afirmação e proposta
política indecente, diga-se de passagem, sem a menor cerimônia, um principio basilar do neoliberalismo.
"Depopulation should be the highest priority of foreign policy
towards the third world, because the US economy will require large and
increasing amounts of minerals from abroad, especially from less developed
countries."
-- Nobel Peace Prize winner, Dr. Henry Kissinger, National Security Memo 200, dated April 24, 1974
-- Nobel Peace Prize winner, Dr. Henry Kissinger, National Security Memo 200, dated April 24, 1974
"O despovoamento deve ser a maior prioridade da política externa
para o terceiro mundo, porque a economia dos EUA vai exigir quantidades grandes
e crescentes de minerais a partir do estrangeiro, especialmente dos países
menos desenvolvidos."
- Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Dr. Henry Kissinger, Nacional Memo de Segurança 200, datada de 24 de abril de 1974.
- Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Dr. Henry Kissinger, Nacional Memo de Segurança 200, datada de 24 de abril de 1974.
Isso ajuda a explicar “muitas políticas” tomadas
ou adotadas à título de modernidade.
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