Logo, para quem acredita na lorota da mídia local que prega, ainda, ter sido a Dilma quem inventou a crise econômica:
A crise mundial, diz Stiglitz, tem quatro fundamentos:
1) A desigualdade, que restringe consumo, porque um pequeno grupo, por mais consumista que possa ser, não iguala em volume a massa de excluídos que não consomem ou cortam seu consumo;
2) As duas maiores economias do mundo, EUA e China, estão mudando de modelo. O primeiro, sai da indústria para os serviços; a segunda, da exportação para o mercado interno. Metamorfoses levam tempo e reduzem o metabolismo;
3) As políticas econômicas de austeridade fiscal levaram o terceiro bloco econômico, depois dos dois acima, a Zona do Euro, a uma situação de “bagunça” econômica, que deixou a Europa estagnada e lá, como nos EUA, os cortes orçamentários se refletiram na não-recuperação do emprego, especialmente do setor público;
4) A queda nos preços das commodities e de determinados produtos, como o aço, não extingue seus resultados entre vendedor e comprador. Reduz gastos, reduz ganhos mas isso também reduz a circulação da riqueza no comércio e, claro, a riqueza vai – cada vez mais – para o setor financeiro.
Leia entrevista na
íntegra, feita ao Estadão, aqui.
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