quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Qual seria o partido do ex-prefeito de Unaí condenado a cem anos de prisão? A ‘mídia’ não disse...


Porque seria, não? Com certeza não é do PT. É a famosa imparcialidade deste ‘conglomerado’ local que ainda insiste – e tem gente que, ainda, acredita – em dizer que ‘mexe’ com informação, para os seus crédulos leitores e telespectadores.

Não é apenas alguma hipotética afinidade ideológica, quando poderíamos fazer algumas ressalvas, mas, é dinheiro, mesmo! Recebem, e muito bem, tanto para divulgar eventuais e/ou hipotéticas realizações, mas, sobretudo, para defender as mazelas e malversação do dinheiro e da coisa pública.

É que certo tipo de governante, quando assume uma administração pública o faz como se tivesse recebido uma herança, logo, pode fazer o que quiser com ela. Veja o caso do aécio quando governador em Minas, usou os jatos do governo local como se fossem sua propriedade particular, cedendo-os a amigos e puxa-sacos eventuais, conforme foi divulgado recentemente.

Logo, omitir uma informação, assim, tão trivial, está dentro do “script” contratado.
"Vários jornais evitaram destacar a filiação partidária do ex-prefeito condenado. E ainda tem gente que acredita na pretensa imparcialidade da mídia nativa.
Na quinta-feira passada (5), o ruralista e ex-prefeito da cidade mineira de Unaí, Antério Mânica, foi condenado a cem anos - cem anos! - de prisão pela morte de três auditores fiscais e de um motorista do Ministério do Trabalho. O julgamento se deu na sede da Justiça Federal, em Belo Horizonte, e foi acompanhado com expectativa pelas entidades que lutam pelos direitos humanos. A mídia patronal, que defende os interesses dos barões do agronegócio e sempre acobertou os seus crimes, até noticiou a condenação. Curiosamente, porém, ela evitou destacar que o ex-prefeito foi filiado ao PSDB e fez campanha, no ano passado, para o cambaleante tucano Aécio Neves.

A chacina de Unaí ocorreu em janeiro de 2004. Na ocasião, o Ministério Público Federal apresentou várias provas de que o ex-prefeito foi o líder da emboscada contra os quatro servidores públicos que investigavam a prática de trabalho escravo em fazendas da região. Antério Mânica até teve sua prisão provisória decretada, mas permaneceu apenas 26 dias na cadeia. Agora, finalmente, a Justiça decreta o encarceramento do mandante do bárbaro crime. O juiz federal Murilo Fernandes de Almeida descontou o tempo da prisão provisória e condenou o ruralista a 99 anos, onze meses e quatro dias de reclusão. Pelo Código Penal, porém, a detenção não pode ultrapassar 30 anos. Na prática, a pena deve ficar em torno de 17 anos.

"O magistrado permitiu ao ex-prefeito, por ser réu primário, recorrer da decisão em liberdade, mas impediu que ele saia do país e pediu que entregue seu passaporte à Justiça em 24 horas. Durante o julgamento, o delator da chacina, o produtor rural Hugo Alves Pimenta, disse não ter presenciado a suposta participação do ex-prefeito nos crimes e que ouviu a informação de terceiros. No caso de Norberto Mânica, irmão de Antério e também condenado a cem anos de prisão pelas mortes, Pimenta o apontou como o mandante das mortes. O produtor rural fez um acordo de delação premiada e vai a júri no dia 10 deste mês", relatou a Folha nesta sexta-feira (6).

Curiosamente, o jornal utilizou apenas uma linha para informar que, "após os crimes, Antério Mânica elegeu-se prefeito da cidade mineira pelo PSDB por dois mandatos (2005 a 2012)". Outros veículos empoleirados no ninho tucano - como o Estadão e O Globo - também evitaram destacar a filiação partidária do ex-prefeito condenado a cem anos de prisão pelos assassinatos dos auditores fiscais Nelson José da Silva, João Batista Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e do motorista Ailton Pereira de Oliveira. . E ainda tem gente que acredita na pretensa imparcialidade da mídia nativa! 


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