O
texto não é tão novo assim, mas bastante atual, e oportuno. Vale à pena, também,
dar uma olhada no debate que se segue nos comentários.
"A arte de escrever
para idiotas
Por Márcia Tiburi e Rubens Casara
Para aqueles que não lerão este artigo
Em nossa cultura intelectual e jornalística surge
uma nova forma retórica. Trata-se da arte de escrever para idiotas que, entre
nós, tem feito muito sucesso.
Pensávamos ter atingido o fundo do poço em termos
de produção de idiotices para idiotas, mas proliferam subformas, subgêneros e
subautores que sugerem a criação de uma nova ciência.
Estamos fazendo piada, mas quando se trata de
pensar na forma assumida atualmente pela “voz da razão” temos que parar de rir
e começar a pensar.
Artigos ruins e reacionários fazem parte de jornais
e revistas desde sempre, mas a arte de escrever para idiotas vem se
especializando ao longo do tempo e seus artistas passam da posição de retóricos
de baixa categoria para príncipes dos meios de comunicação de massa.
Atualmente, idiotas de direita tem mais espaço do que idiotas de esquerda na
grande mídia. Mas isso não afeta em nada a forma com que se pode escrever para
idiotas.
Diga-se, antes de mais nada, que o termo idiota
aqui empregado guarda algo de seu velho uso psiquiátrico. Etimologicamente,
“idiota” tem relação com aquele que vive fechado em si mesmo. Na psiquiatria, a
idiotia era uma patologia gravíssima e que, em termos sociais, podemos dizer
que continua sendo.
Uma tipologia psicossocial entra em jogo na
história, baseada em dois tipos ideais de idiotas: o idiota de raiz,
dentre os quais se destaca a subcategoria do idiota útil, e o neo-idiota,
com destaque para o “idiota” mercenário que lucra com a arte de escrever para
idiotas.
Vejamos quem são, aqui.
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