Neste caso
funciona como a própria campanha de difamação tentando detonar o governo Dilma e, de lambuja, o próprio ex-presidente Lula, como atesta o
cerco intenso, agora, sobre o seu filho, já que, pelo visto, não deu muito certo
pra cima do Lula.
Outro item
a considerar é a própria empresa de pesquisa, o Ibope, visceralmente ligado a globo,
embora se anuncie sua venda para uma empresa estrangeira. Não na manipulação
pura e simples, aberta, mas nas filigranas da coleta, compilação e divulgação dos
dados, que quem estudou estatística conhece muito bem.
Neste caso
o ‘esquema’ continuou na mídia, já que,
como vai conferir no artigo abaixo, só foi divulgado o índice de rejeição do
Lula, quando aqueles dos outros passou batido.
Passou
batido, sobretudo, das manchetes que é, no máximo, o que grande parte das
pessoas veem, ouvem ou leem. Eles sabem muito bem disso.
O drama da oposição é grave.
Seus líderes, mesmo contando com a cumplicidade do noticiário, gastam todas as
fichas para desconstruir Lula e o PT. E acabam envenenando a toda a classe
política.
Jornais
da imprensa tradicional destacam nesta segunda feira (26) uma pesquisa de
potencial de votos para presidente em 2018, feita pelo Ibope, enfatizando que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria rejeição de 55%.
Aparentemente, reflete a intensa campanha de desgaste promovida contra o
ex-presidente, seu partido e o governo da presidenta Dilma Rousseff. Mas pouca
ênfase foi dada na altíssima rejeição aos principais líderes da oposição.
O
Ibope pesquisou o potencial de voto de alguns dos principais personagens
políticos que podem vir a disputar a sucessão de Dilma daqui a três anos.
Declaram que "não votariam de jeito nenhum" no governador Geraldo
Alckmin (PSDB-SP) 52%. A rejeição ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu de 42%
para 47%. O senador José Serra (PSDB-SP) é rejeitado 54%. Marina Silva
(Rede-AC) atinge 50% de rejeição. Até Ciro Gomes (PDT-CE) – este não está na
oposição – aparece com a alta rejeição de 52%.
Os
números mostram que a tática oposicionista – partidária e midiática – de
desconstruir o governo Dilma, a principal liderança petista e de apostar “no
quanto pior, melhor”, não está agradando o povo. O resultado da ação política
de Aécio Neves e seus aliados é como o dos terroristas que, no objetivo de
impor baixas nos oponentes, explodem a si mesmos antes se saber o tamanho do
estrago que causarão, de fato, aos seus alvos.
Quando
Aécio reedita a agenda do “mar de lama” que derrubou Getúlio Vargas, a leitura
do povo é outra. Passa a ver com maus olhos não apenas o alvo desejado pelo
oponente, mas toda a classe política, inclusive o próprio Aécio que a ela
pertence desde criancinha. Como agravante, o senador tucano escolhe para suas
andanças conspiratórias em torno do “golpe paraguaio” a companhia de políticos
da estirpe dos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP),
entre outros. E faz de seu mandato no Senado uma trincheira em causa própria,
sem dedicar-se a pautas parlamentares importantes para a vida das pessoas.
O
drama da oposição é grave porque seus líderes estão sendo poupados de ataques
no noticiário. Escândalos de corrupção e de má gestão no governo paulista,
quando não tem jeito de esconder, se depender do noticiário a responsabilidade,
mesmo política, é sempre do mordomo do Palácio dos Bandeirantes, nunca do
governador. Mesmo assim Alckmin tem rejeição de 52%.
Aécio
Neves recebe todo tipo de blindagem, seja nas dezenas de escândalos
engavetados, pelo seu péssimo desempenho como senador, ou pela oposição que faz
“ao” Brasil, conforme já disse em ato falho durante uma entrevista. Ganha
generosos holofotes da mídia para falar sua versão dos fatos nacionais, sem ser
contestado.
Outros
nomes de algum alcance nacional – e que já disputaram a presidência da República
– também não se saem bem. Na pergunta sobre em quem votaria com certeza, Lula
lidera isoladamente com 23%. Aécio aparece bem atrás com 15%, seguido por
Marina com 11%, Serra 8%, Alckmin 7% e Ciro com 4%.
O
potencial de votos, que soma o resultado das perguntas “em quem votaria com
certeza” com “em quem poderia votar”, deu empate técnico entre os três
primeiros: Aécio, 42%; Lula, 41%; Marina, 39%. Atrás vêm Serra, com 32%,
Alckmin, 30%, e Ciro, 20%.
A
pesquisa Ibope foi feita entre os dias 17 e 21. Na semana anterior, Lula sofreu
exposição negativa no noticiário. No domingo anterior (11) o jornal O Globo estampou como principal manchete
"Baiano diz que pagou contas do filho de Lula". Não era verdade, e o
filho de Lula declarou mover ação na Justiça contra o jornal, mas o boato se
espalhou com rádios e TVs repetindo. No dia 16 o jornal Folha de S.Paulo estampava a manchete de capa “Delator
diz ter repassador R$ 2 mi para nora de Lula”. Até a ombudsman do jornal,
jornalista Vera Guimarães Martins, considerou o título manipulado e sem
refletir a verdade, mas novamente o boato havia se espalhado. Foi nesse
contexto que a pesquisa foi feita.
Como
se pode observar, a hipótese de um terceiro mandato do ex-presidente está
assombrando a oposição. A direita raivosa não está faturando com os
ataques. Em uma campanha eleitoral para valer, se o ex-presidente vier a ser
candidato, terá espaço no horário eleitoral e em entrevistas para desmentir até
boatos folclóricos como o de que seria "dono da Friboi". Os candidatos
de oposição, por sua vez, terão expostos os escândalos que mantêm abafados com
a cumplicidade da imprensa. O quadro de uma campanha eleitoral de fato torna-se
mais favorável ao ex-presidente do que aos candidatos oposicionistas.
Esse
é o drama da oposição. Há de se considerar ainda que, quando a denúncia é
demais e nada se comprova, o povo desconfia do denunciante. Nas eleições de
2006, houve um denuncismo desenfreado contra o primeiro governo Lula, com muita
coisa não se comprovando. Lula foi reeleito.
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