Este Congresso
resolveu pagar a fatura devida aos seus financiadores históricos. Acabam de
retribuir o financiamento de suas campanhas pela indústria de armas – 10 dos 24
membros da Comissão foram financiados nas duas últimas eleições – revogando, e
piorando, dentro da visão ou ideia de civilidade e não violência, o Estatuto do Desarmamento que coíbe venda
e posse de amas.
Piorando
porque além de liberar o porte irrestrito, baixou a idade que antes era de 25
para (‘crianças’) 21 anos, para a compra e posse
de arma de fogo.
Os seus
financiadores devem ter cobrado a fatura, com veemência, já que, pelo visto o financiamento privado das campanhas eleitorais,
pelo menos oficial e legalmente, acabou.
Está mais
do que provada a relação direta da posse
de armas com os números da violência
urbana e ao de suicídios por
todo o país, que caíram drasticamente com o Estatuto do Desarmamento, em 2003.
É mais
uma investida contra os diretos, de fato, da população e do país, engendrada
pelos oportunistas que tentam passar suas excrescências, sob o clima de insegurança
legislativa, sobretudo, que rola no país.
Comissão especial aprova revogação do Estatuto do Desarmamento
RETROCESSO
CONTRA A VIDA
Comissão especial na Câmara dos
Deputados aprovou a revogação do Estatuto do Desarmamento, que afrouxa as
regras para compra e posse de armas de fogo.
O retrocesso é gigantesco. Se
for aprovado no Senado, o projeto autoriza a posse de até 9 armas de fogo por
pessoa, amplia o limite de munição para até 600 balas por arma ao ano (quem
precisa de tudo isso para "se defender"?), reduz de 25 para 21 anos a
idade mínima para aquisição de armamentos, libera sua propaganda em qualquer
veículo de comunicação e impede o controle da arma ao longo do tempo,
fundamental para saber se ela não caiu nas mãos da criminalidade, ao derrubar a
exigência de renovação do registro da arma, hoje obrigatório a cada três anos.
Ao menos 10 dos 24
parlamentares membros da Comissão receberam doações de campanha oriundas da
indústria armamentícia nas duas últimas eleições. Todas as estatísticas
demonstram redução na evolução das mortes por armas de fogo após a entrada em
vigor do Estatuto do Desarmamento, em 2004. Nos Estados onde o Estatuto foi
levado a sério, o impacto foi extremamente positivo na redução da violência e
das mortes ao longo desses 11 anos. De acordo com o relatório do Mapa da
Violência, que computa o número de assassinatos no Brasil, 160 mil mortes foram
evitadas pelo estatuto entre 2004 e 20014.
É fundamental que esse atraso
seja barrado no Senado. Toda mobilização nesse sentido será extremamente
bem-vinda.
Por Paulo Teixeira
Leia mais,
e veja se o candidato ou partido em que votou nas últimas eleições endossa esta
insanidade, aqui.
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