É interessante que a tal ‘elite’ que não só torce como
financia estas tentativas de rupturas institucionais como um impeachment, por
exemplo, é quem historicamente depreda os cofres públicos, insistindo em manter
um país só para si e defendendo apenas os seus interesses.
Governos como o atual são uma verdadeira ‘pedra no
sapato’ desta elite econômica, não só pelo que já fez, e faz, mas, sobretudo
diante das perspectivas do que pode vir a fazer, com a colocação dos rumos do país
a serviço dos interesses de seu povo.
É o pavor, não só pela continuidade do governo Dilma,
como pela perspectiva de uma candidatura, e vitória, do Lula em 2018.
Para se ter uma ideia, as necessidades de caixa do governo
que, em princípio estariam detonando a crise, ou o déficit orçamentário de R$
64 bilhões, teria 2/3 de seu valor coberto pela dívida de uma só empresa, a
Vale do Rio Doce, por exemplo, privatizada, ou doada, pelo governo Fernando Henrique.
Logo, como vai ver abaixo, o montante da dívida das
maiores empresas do país ao governo tornariam um déficit fiscal, como o que ‘está
pegando’ agora, uma verdadeira ”fichinha”, como se diz.
Isso sem falar no volume absurdo do que é sonegado reiteradamente
todos os anos.
"Dívida dos 500 maiores devedores do país é de R$ 392 bi; ajuste fiscal prevê cortar R$ 64 bi
São Paulo – O valor estimado pelo governo federal para cobrir o
déficit orçamentário poderia ser coberto com 1/6 dos valores devidos por
algumas das maiores empresas brasileiras à Fazenda Nacional. Segundo a lista
divulgada ontem (14) pelo Ministério da Fazenda, a soma das dívidas dos 500
maiores devedores chega a R$ 392 bilhões. O governo estima o ajuste fiscal em
aproximadamente R$ 64 bilhões, entre cortes no orçamento e aumentos de receita.
A maior devedora da Fazenda hoje é a mineradora Vale, privatizada
em 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). São R$ 41,9 bilhões em
dívidas, praticamente dois terços do necessário para fazer o ajuste fiscal.
Desse valor, R$ 32,8 bilhões tiveram sua cobrança suspensa por meio de ações
judiciais da empresa contra a Fazenda. Em segundo lugar aparece a Carital
Brasil, antiga Parmalat, com R$ 24 bilhões em dívidas com a Fazenda.
Outros gigantes fazem parte da lista. Os bancos Itaú-Unibanco e
Bradesco, segundo e terceiro maiores do país, têm dívidas de R$ 1,3 bilhão e R$
4,8 bilhões, respectivamente, com a Fazenda. O espanhol Santander também figura
na lista com uma dívida de R$ 978 milhões. No ramo varejista, a Companhia
Brasileira de Distribuição – dona de marcas como Pão de Açúcar e Qualitá – deve
R$ 1,5 bilhão.
Até multinacionais fazem parte do cadastro de devedores da Fazenda
nacional. A química e produtora de plásticos Braskem, formada a partir da fusão
de seis empresas do grupo Odebrecht, tem dívidas de R$ 2,6 bilhões. E a
Unilever, que atua em diversos segmentos, como alimentação e higiene pessoal,
acumula R$ 1 bilhão em dívidas.
Dados divulgados em agosto pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional indicam que o total de débitos inscritos na Fazenda é de R$ 1,162
trilhão. O valor equivale a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é 500
vezes maior do que o que teria sido desviado da Petrobras, no esquema revelado
pela Operação Lava Jato, e 50 vezes o que se descobriu na Operação Zelotes, que
investiga justamente um esquema de sonegação.
O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz)
estima que as perdas com a sonegação somente neste ano chegarão a R$ 500
bilhões. Segundo o Sinprofaz, 62% dessa dívida pertence a grandes empresas. O
setor de indústria de transformação ocupa o primeiro lugar na sonegação de
impostos, acumulando R$ 236,5 bilhões. Em segundo lugar estão comércio e
serviços, com R$ 163 bilhões. E, em terceiro, aparecem os bancos privados, que
sonegaram R$ 89 bilhões.
No RBA
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