sábado, 17 de outubro de 2015

Diante da dívida dos grandes devedores o déficit público é uma verdadeira fichinha


É interessante que a tal ‘elite’ que não só torce como financia estas tentativas de rupturas institucionais como um impeachment, por exemplo, é quem historicamente depreda os cofres públicos, insistindo em manter um país só para si e defendendo apenas os seus interesses.

Governos como o atual são uma verdadeira ‘pedra no sapato’ desta elite econômica, não só pelo que já fez, e faz, mas, sobretudo diante das perspectivas do que pode vir a fazer, com a colocação dos rumos do país a serviço dos interesses de seu povo.

É o pavor, não só pela continuidade do governo Dilma, como pela perspectiva de uma candidatura, e vitória, do Lula em 2018.

Para se ter uma ideia, as necessidades de caixa do governo que, em princípio estariam detonando a crise, ou o déficit orçamentário de R$ 64 bilhões, teria 2/3 de seu valor coberto pela dívida de uma só empresa, a Vale do Rio Doce, por exemplo, privatizada, ou doada, pelo governo Fernando Henrique.

Logo, como vai ver abaixo, o montante da dívida das maiores empresas do país ao governo tornariam um déficit fiscal, como o que ‘está pegando’ agora, uma verdadeira ”fichinha”, como se diz.

Isso sem falar no volume absurdo do que é sonegado reiteradamente todos os anos.
"Dívida dos 500 maiores devedores do país é de R$ 392 bi; ajuste fiscal prevê cortar R$ 64 bi
São Paulo – O valor estimado pelo governo federal para cobrir o déficit orçamentário poderia ser coberto com 1/6 dos valores devidos por algumas das maiores empresas brasileiras à Fazenda Nacional. Segundo a lista divulgada ontem (14) pelo Ministério da Fazenda, a soma das dívidas dos 500 maiores devedores chega a R$ 392 bilhões. O governo estima o ajuste fiscal em aproximadamente R$ 64 bilhões, entre cortes no orçamento e aumentos de receita.

A maior devedora da Fazenda hoje é a mineradora Vale, privatizada em 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). São R$ 41,9 bilhões em dívidas, praticamente dois terços do necessário para fazer o ajuste fiscal. Desse valor, R$ 32,8 bilhões tiveram sua cobrança suspensa por meio de ações judiciais da empresa contra a Fazenda. Em segundo lugar aparece a Carital Brasil, antiga Parmalat, com R$ 24 bilhões em dívidas com a Fazenda.

Outros gigantes fazem parte da lista. Os bancos Itaú-Unibanco e Bradesco, segundo e terceiro maiores do país, têm dívidas de R$ 1,3 bilhão e R$ 4,8 bilhões, respectivamente, com a Fazenda. O espanhol Santander também figura na lista com uma dívida de R$ 978 milhões. No ramo varejista, a Companhia Brasileira de Distribuição – dona de marcas como Pão de Açúcar e Qualitá – deve R$ 1,5 bilhão.

Até multinacionais fazem parte do cadastro de devedores da Fazenda nacional. A química e produtora de plásticos Braskem, formada a partir da fusão de seis empresas do grupo Odebrecht, tem dívidas de R$ 2,6 bilhões. E a Unilever, que atua em diversos segmentos, como alimentação e higiene pessoal, acumula R$ 1 bilhão em dívidas.

Dados divulgados em agosto pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional indicam que o total de débitos inscritos na Fazenda é de R$ 1,162 trilhão. O valor equivale a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é 500 vezes maior do que o que teria sido desviado da Petrobras, no esquema revelado pela Operação Lava Jato, e 50 vezes o que se descobriu na Operação Zelotes, que investiga justamente um esquema de sonegação.

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) estima que as perdas com a sonegação somente neste ano chegarão a R$ 500 bilhões. Segundo o Sinprofaz, 62% dessa dívida pertence a grandes empresas. O setor de indústria de transformação ocupa o primeiro lugar na sonegação de impostos, acumulando R$ 236,5 bilhões. Em segundo lugar estão comércio e serviços, com R$ 163 bilhões. E, em terceiro, aparecem os bancos privados, que sonegaram R$ 89 bilhões.

No RBA
 
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