Porque isto não nos surpreende?
É a cara da globo, não é verdade? Apesar
de sua longevidade, vive e se alimenta de coisas assim, de fraudes, de
cambalachos, sobretudo aquele que impetra contra os corações e mentes de tantos
brasileiros espalhados por esse país que ‘botam fé’, infelizmente ainda, em suas
armações e manipulações contra o próprio país e contra os seus fiéis
telespectadores, que fazem papel de “bobo alegre”, quando andam por ai repassando
as “verdades” pregadas por seus ‘jornais’ e programas.
A boa noticia é que a tal audiência,
mesmo manipulada, está caindo pelas tabelas.
Esperamos que a Polícia Federal ‘dê o ar da graça’ e
apure este estelionato obsceno que já vem de longas datas.
"Sugestão
à PF: uma "Operação Plim-Plim" sobre manipulação de preços dos
anúncios
Entrada de outro instituto de
medição de audiência de TVs mostra que números da Globo podem ter sido
artificialmente turbinados, com consequências sobre as contas públicas que
ensejam investigação e CPI.
Os primeiros números da medição por amostragem de
audiência televisiva pelo Instituto alemão Gfk mostram diferenças em relação ao
Ibope, que detinha o monopólio deste mercado. E as diferenças mostram que os
resultados do Ibope eram favoráveis a Rede Globo.
Pelo Gfk, a Rede Record tem uma audiência maior às
tardes e à noite do que a registrada pelo instituto concorrente. O SBT também é
mais assistido nas manhãs e tardes.
SBT e Record sempre questionaram os dados do Ibope.
A Globo nunca reclamou. Pior, boicotou a entrada de qualquer concorrente do
Ibope no mercado brasileiro. Todas as emissoras pagam ao Ibope pelos serviços
de medição da audiência, mas só Record, SBT e Rede TV contratam o instituto
alemão.
O mercado de TV aberta, mesmo em crise devido à
linha de programação excessivamente oposicionista espantar consumidores,
faturou cerca de R$ 33 bilhões apenas no primeiro semestre. A Globo fica com a
fatia do leão deste valor.
Mas estranhamente se recusa a dividir com as demais
emissoras um investimento relativamente pequeno, de cerca de US$ 130 milhões,
para trazer outro instituto que dê mais confiança, controle e transparência
para os anunciantes neste mercado bilionário.
As emissoras menores sempre criticaram o que
chamavam de promiscuidade nas relações entre a Globo e Ibope, que pareciam
viver uma longa lua de mel. Quando outras emissoras apareciam na frente no
chamado tempo real, que é a medida on-line minuto a minuto, no cálculo
consolidado divulgado no dia seguinte, a Globo reassumia a liderança. Já ocorreram
episódios mal explicados de "apagão" na medição justamente em
horários desfavoráveis à emissora líder. Em março deste ano, o SBT conseguiu em
disputa judicial obrigar o Ibope a abrir a "caixa-preta" de como são
feitos estes cálculos.
A audiência define o preço dos anúncios nos
intervalos comerciais e a própria decisão do mercado publicitário sobre onde
anunciar. É critério inclusive para anúncios governamentais fazerem a chamada
"mídia técnica". No caso dos governos, se de fato a audiência do
Ibope estava inflada, é como se houvesse superfaturamento. Imagine se um
governo comprasse lata de leite em pó para a merenda de um 1kg, e o fornecedor
que vencesse a licitação só enchesse com 800g. Pois se a comunicação
governamental pagou por uma audiência de dez milhões de lares e só oito milhões
eram entregues, o caso é semelhante. Os consumidores, anunciantes privados,
também teriam sido lesados. E as emissoras concorrentes teriam sofrido perdas.
É motivo suficiente para uma operação "Plim-plim" da Policia Federal
apurar os fatos.
O caso é tão grave que até o horário eleitoral
"gratuito" é pago pelo governo na forma de abatimentos nos impostos,
calculado pelo preço médio do que a emissora ganharia em anúncios comerciais no
horário.
Se a operação Lava Jato investigou cartéis de
empreiteiras para combinar e manipular preços, uma operação
"Plim-Plim" apuraria se houve combinação entre Rede Globo e Ibope na medição
de audiência para manipular preços de anúncios nas últimas décadas – e,
portanto lucrar abusivamente pelo recebimento de recursos públicos, além de
obstruir o acesso à informação pública a parcela significativa da população.
Justifica também uma CPI.
Apesar do boicote da Globo, a entrada do instituto
alemão no mercado brasileiro mexeu com o concorrente. Primeiro o antigo dono,
Carlos Augusto Montenegro, caiu fora do negócio e vendeu a empresa para o grupo
inglês WPP Kantar. Sob nova direção, o Ibope divulgou mudanças nos métodos, o
que a aproximou da mesma metodologia do Gfk.
Porém, o instituto alemão captou mudanças no perfil
de consumidores brasileiros nos últimos anos, sobretudo pela ascensão social de
camadas da população. Esse movimento, acabou sento talvez ignorado, talvez
despercebido pelo concorrente. Sob pressão e com credibilidade abalada, em decisão
inédita o Ibope anunciou que vai liberar informações sobre audiência da tv
aberta e paga em seu site.
A entrada, tardia, de outro instituto traz mais
confiança, controle e transparência para o bilionário mercado publicitário de
televisão daqui para frente. Mas só uma operação investigativa da Polícia
Federal, assim como no caso da Lava Jato, pode ressarcir os cofres públicos de
eventuais pagamentos indevidos para a emissora dos Marinho, quem sabe se
sistematicamente e por décadas, além de abrir a caixa-preta da corrupção na
mídia tradicional, pródiga em dar apoio midiático a políticos dóceis aos
interesses empresarias dos "barões da mídia".
Por Helena
Sthephanowitz, para a Rede Brasil
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