Você
eleitor alkminsta e psdbista não tem nem ‘um pingo’ de curiosidade? Acha mais
do que normal um governador de um Estado como São Paulo, ou mesmo outra
autoridade constituída, fazer um acordo velado com uma organização criminosa?
Claro
que a mídia associada faz ouvidos moucos e boca de siri para honrar os
dividendos que recebe por sua associação com o psdb, mas, você tem certeza que confia mesmo em coisas assim, ou
governos que partem para ‘coisas assim’ em vez de fazer sua obrigação que é
‘destruir’ um poder paralelo no Estado que está sob sua responsabilidade
administrativa?
Quem sabe
qual a origem da “ordem” para dar um “trato na segurança” com chacinas
programadas, que o “acordado” vem executando?
Pense!
Talvez seja a hora de repensar, e cuidar, melhor do seu voto.
“O
que o PCC ganhou no acordo com o governo paulista em 2006?
Na
época, a facção realizou vários ataques, especialmente a postos da Polícia
Militar, de maneira coordenada. Eles foram interrompidos após uma reunião no
presídio de Presidente Bernardes, no interior do estado.
De
acordo com o Estadão, a solução foi encaminhada pela advogada Iracema
Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia os direitos dos
presos e representava o PCC.
Iracema
esteve com Marcola, o líder. O substituto de Geraldo, Claudio Lembo, deu aval
para o encontro, bem como os secretários da Segurança Pública e da
Administração Penitenciária — Saulo de Castro Abreu Filho e Nagashi Furukawa,
respectivamente.
A
história foi revelada pelo delegado José Luiz Ramos Cavalcanti, que depunha
num processo contra advogadas supostamente ligadas ao crime
organizado. “Eu apenas autorizei a viagem. O que aconteceu lá dentro, não
tenho detalhes”, afirma Lembo.
O
diabo está nos detalhes. Em tese, garantiu-se a rendição dos criminosos,
desde que se assegurasse a integridade física deles. Os atentados cessaram,
subitamente, e o poder do PCC só fez crescer. Geraldo sempre negou qualquer
tipo de acordo, mas o fato é que a relação com o Primeiro Comando da Capital só
se tornou mais confusa, para usar um eufemismo, com o passar do tempo.
O
deputado Conte Lopes, ex-delegado, declarou, certa vez, que “essa facção
criminosa é cria do PSDB”. O PCC nasceu em 1993 na Cadeia Pública de Taubaté e
sua relação com o governo paulista é recheada de episódios assombrosamente
estranhos.
Em
2010, Alckmin pediu votos para um candidato a deputado estadual do PSC chamado
Claudiney Alves dos Santos, conhecido como Ney Santos.
Pouco
depois, Santos foi preso, acusado de adulteração de combustível, enriquecimento
ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Era
também investigado por envolvimento com o PCC. Em seu nome, possuía um
patrimônio de 50 milhões de reais, incluindo uma Ferrari e um Porsche.
Ok.
Alckmin muito provavelmente não sabia do passado, do presente e do futuro de
Santos. Mas nem sua equipe?
Em
2012, um inquérito sobre o envolvimento de PMs com o PCC foi arquivado. Um ano depois, aconteceu outro episódio de ampla
repercussão, em que o governador saiu-se como herói na luta contra os bandidos.
Ele
teria sido ameaçado de morte, segundo um recado interceptado. “Os bandidos
dizem que as coisas ficaram mais difíceis para eles, pois eu quero dizer que vai
ficar muito mais difícil”, disse GA, triunfal, em Mirassol. “Nós não vamos nos
intimidar. É nosso dever zelar pelo interesse público.”
Não
contavam com a astúcia do ex-secretário Antônio Ferreira Pinto, que revelou que
a escuta dos membros do PCC circulava desde 2011.
“Esse
fato não tinha credibilidade nenhuma. A informação é importante desde que você
analise e veja se ela tem ou não consistência. Essas gravações não tinham.
Tanto que o promotor passou ao largo delas”, falou.
“Aí
vem o governo e diz: ‘Não vou me intimidar’. Ele está aproveitando para colher
dividendos políticos”. De novo: Geraldo, muito possivelmente, não tinha ideia
de que as tais ameaças tinham dois anos de idade e nunca foram levadas a sério.
No
início de 2014, outro evento inacreditável. Um relatório vazado do Ministério
Público dava conta de um esquema para tirar Marcola e outros três chefões da
penitenciária de Presidente Venceslau.
O
plano estaria sendo arquitetado há oito meses. Os homens já tinham serrado as
grades das janelas de suas celas, colocando-as de volta em seguida, devidamente
pintadas. Eles sairiam dali para uma área do presídio sem cobertura de
cabos de aço, de onde seriam içados por um helicóptero com adesivos da Polícia
Militar.
O
“vazamento” do documento criou situações surreais. Policiais ficaram de tocaia
aguardando os meliantes. Jornalistas correram para lá. No Jornal Nacional, um
repórter perguntava, sussurrando, a um franco atirador como funcionava a arma
dele. Diante da falta de ação, era o jeito.
Claro
que não aconteceu nada. Alckmin, no entanto, estava pronto para faturar. Na
Jovem Pan, elogiou “o empenho da polícia de São Paulo, 24 horas,
permanentemente, contra qualquer tipo de organização criminosa, tenha a sigla
que tiver. São Paulo não retroage, não se intimida”. Para ele,
“lamentavelmente, isso acabou vazando.”
Nomeado
em janeiro, o secretário de segurança pública Alexandre Moraes é advogado em ao
menos 123 processos de uma cooperativa denominada Transcooper, citada em
investigações que apuram lavagem de dinheiro do PCC. Em nota, avisou que
“renunciou a todos os processos que atuava como um dos sócios do escritório de
advocacia”.
O PCC,
hoje, controla áreas inteiras da cidade, as cadeias, tem ligação com escolas de
samba e mantém bases no Paraguai e na Bolívia. Um fenômeno.
Naquele
ano de 2006, Geraldo deu uma entrevista a uma rede de televisão australiana. A
jornalista quis saber sobre os “grupos de extermínio” e sobre as ações da
facção. Irritado, ele se levantou da cadeira e encerrou o papo.
“Esse
é um problema do governo estadual. Você deveria ir falar com eles. Tchau,
tchau. Bye, bye”, diz. “Se eu soubesse que era sobre isso, não tinha
entrevista. Não faz o menor sentido”. A entrevistadora ainda tentou,
inutilmente, um apelo: “Alguém precisa falar sobre isso”.
O que
o PCC levou, de fato, no tal acordo permanece uma incógnita. Geraldo Alckmin,
ao menos, vem levando excelentes dividendos políticos com um pacto cujo preço é
pago por seus eleitores. (por: Kiko Nogueira)
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