Apesar de, originalmente,
constituir-se em declaração pública de convicções religiosas, a “profissão de
fé” vem servindo, através da história, para afirmar convicções políticas e
ideológicas com vistas a resguardar o autor.
De Hitler a Stalin, os regimes autoritários sempre exigiram que as
pessoas professassem sua fé em dogmas político-ideológicos obrigatórios, sob
pena de expurgo ou até morte caso fossem suspeitas de pensar diferente da
maioria oficial.
Um dos aspectos mais eloquentes da ascensão do fascismo em curso
no Brasil é a necessidade que pessoas e instituições vêm demonstrando de fazer
profissão de fé no criticismo a Dilma Rousseff e ao PT.
De um extremo a outro do espectro político, muitos sentem que têm
que criticar a presidente da República e seu partido. Nesse processo, tanto a
esquerda quanto a direita acabam professando as mesmas críticas.
Por exemplo: tornou-se obrigatório dizer que Dilma Rousseff geriu
mal a economia e que é por isso que o desemprego e a inflação vêm subindo. Puxe
pela memória e você descobrirá que essa crítica pode ser vista do PSDB ao PSOL,
passando por setores do PT.
Para quem acompanha a política brasileira com olhos de ver, porém,
essa é uma das críticas mais injustas que a presidente da República recebe.
Não existe paralelo na história recente do país de governos que
sofreram tanta sabotagem quanto os de Lula e Dilma.
Enquanto os dois governos
Fernando Henrique Cardoso afundaram apesar do apoio e da colaboração extrema da
imprensa, do Judiciário, da Polícia Federal, do Congresso e da Procuradoria
Geral da República, os governos do PT se viram alvo de uma campanha incessante para
desacreditar tudo que fizeram ao longo dos últimos 12 anos.
O Programa de Aceleração do Crescimento, por exemplo, apesar da
quantidade imensurável de realizações e do forte incremente que possibilitou à
atividade econômica do país, sempre foi tratado como mera peça de marketing.
Programas exitosos como o Minha Casa, Minha Vida idem, apesar de o
programa criado em 2009 já ter entregado (até março) 2,1 milhões de unidades e
de ter mais de 1,6 milhão de casas e apartamentos contratados para construção.
O programa Mais Médicos, que logrou beneficiar 63 milhões de
brasileiros – os quais, em grande parte, jamais tinham se consultado com um
médico na vida –, é discutido na grande imprensa apenas pela ótica das
condições de trabalho de parte dos médicos que emprega, os cubanos. E dane-se o
benefício aos brasileiros pobres.
(...)
Vale á pena continuar
lendo, você vai ter uma ideia do que, de fato, anda rolando no país e assim se
posicionar melhor em suas avaliações, apoios ou mesmo críticas, aqui.
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