A
iniciativa privada – envolvida até o pescoço em irregularidades, diga-se de
passagem – reclama da ‘concorrência’ dos batalhões do Exercito Brasileiro,
sobretudo em função de sua lisura no trato com a coisa publica e de sua rapidez
e eficiência ao tocarem as obras, em sua maioria de caráter essencial ao desenvolvimento
do país.
Elas,
as empresas privadas, alegam uma suposta “concorrência desleal”, o que
não procede, como é o caso da transposição
do São Francisco, quando fizeram corpo mole no início das obras e só se
resolveram depois que o Exército tocou a obra, e, por sinal, já está com sua
parte concluindo, enquanto tem empreiteiras com partes sob sua responsabilidade
atrasadas e/ou paralisadas.
Um
benefício adicional é a economia de até 20% no valor da obra, também em função do
custo da mão de obra já ser coberto pelo soldo mensal do militar.
“Exército agiliza obras no país e irrita construtoras
Exército Brasileiro tem se destacado por agilidade
em obras públicas como a transposição do Rio São Francisco
Na transposição do São Francisco os trechos a cargo da instituição estão quase concluídos.
Na transposição do São Francisco os trechos a cargo da instituição estão quase concluídos.
A eficiência, honestidade e a rapidez do Exército
na execução de obras de construção e reforma pelo país estão incomodando as
empreiteiras, que se queixam de “concorrência desleal” por parte da corporação.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, reclamou esta semana da participação do
Exército Brasileiro em obras desenvolvidas pelo governo federal. “O setor da
construção civil não vê com bons olhos a atuação do Exército em obras como
duplicação de estradas e construção de aeroportos. Não há necessidade de os
militares assumirem obras desse tipo”, disse. “O Exército é hoje a maior
empreiteira do país”, reclama também João Alberto Ribeiro, presidente da
Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias.
Segundo ele, poucas construtoras no país têm hoje
uma carteira de projetos como a executada pelos batalhões do Exército. No PAC,
há 2.989 quilômetros de rodovias federais sob reparos, em construção ou
restauração, com gastos previstos em R$ 2 bilhões. Destes, 745 quilômetros – ou
R$ 1,8 bilhão – estão a cargo da corporação. “Isso equivale a 16% do orçamento
do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes neste ano”, disse.
O general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, da Diretoria
de Obras de Cooperação (DOC), do Departamento de Engenharia e Construção do
Exército (DEC), rebateu as declarações dos representantes das empreiteiras e
afirmou que “a atuação dos militares só ocorre quando é bom para o país e para
a instituição”. O general declarou que “algumas das obras assumidas pelos
militares eram consideradas prioritárias e estavam tendo problemas para serem
tocadas pela iniciativa privada”.
“A gente não
pleiteia obras. Elas são oferecidas e aceitamos quando elas são importantes
para o desenvolvimento do país e para nosso treinamento”, destacou. No auge das
obras, 12 mil soldados atuaram na construção civil para o governo.
Ele lembra, por exemplo, que havia uma briga no consórcio vencedor da licitação para a duplicação da BR-101 e que as empresas fugiam do início das obras da transposição do São Francisco. A alegação para o retardamento do início das obras era que o canteiro ficava no polígono da maconha. O general conta que o Exército fez um trabalho social na área e que dois hospitais chegaram ser montados na região, para atendimento à população.
Obras do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) estão sendo conduzidas pelos militares. Os militares receberam R$ 2
bilhões nos últimos três anos para executar duplicações de estradas, construção
de aeroportos, preparar novos gasodutos e iniciar a transposição do Rio São
Francisco. No total seriam 80 obras.
A transposição do São Francisco é o caso mais emblemático. Enquanto os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos, a parte que cabe às empresas privadas está atrasada ou paralisada. Em Floresta (PE), onde o percentual de execução não passa de 13%. Em outros lugares chega só a 16%. Nos trechos feitos pelo Exército, a obra avançou 3 vezes mais que os das empreiteiras no Eixo Norte (80% está concluída) e 5 vezes mais no Eixo Leste. Por sua vez as empresas privadas estão pedindo mais dinheiro para continuar as obras.
As empresas privadas, algumas delas organizadas em
cartéis, depois de retardarem obras importantes para o país, de exigirem
reajustes absurdos nos preços, criticam quando o Exército é acionado para
garantir as obras prioritárias. Elas alegam uma suposta “concorrência desleal”.
Segundo os empreiteiros, a participação expressiva dos militares “inibe o
investimento e impede a geração de empregos”.
“O Exército não é um construtor. Quem pensa que
vamos concorrer com as empresas está equivocado. Só atuamos para treinar nosso
pessoal”, disse o general, que afirma que contrata empresas privadas para a
construção de pontes e viadutos.
Os militares também fizeram obras para estatais – como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari-Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.
Os militares também fizeram obras para estatais – como as clareiras na selva para a construção do gasoduto Coari-Manaus, e para outros níveis de governo, como a atual construção do Caminho da Neve, estrada que Santa Catarina quer abrir para unir Gramado (RS) a São Joaquim (SC), favorecendo o turismo de inverno.
Estima-se que, quando concluídas, as obras
entregues ao Exército terão um custo até 20% menor para os cofres públicos. “A
corporação não pode lucrar com os serviços que presta”. Como emprega os
próprios oficiais e soldados, já remunerados pelo soldo, o custo da mão de obra
deixa de ser um componente do preço final da empreitada. Por tudo isso, o
Exército está desempenhando um papel fundamental na infraestrutura necessária
para o Brasil.
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