Os partidos políticos
ilustram a própria contradição dos processos políticos inerentes ao próprio rito
democrático. É desse embate que se organiza um governo e consequentemente uma
sociedade democrática, com o saudável embate das ideias e a luta pelo poder. Tudo
na mais perfeita legalidade e/ou observância das regras e princípios.
Fora disso é a ditadura,
é o mais deslavado fascismo, que, frequentemente,
vem travestido de democracia, o que costuma enganar os mais incautos e desinformados.
Bem como aos arrivistas de plantão.
"Antipartidarismo: uma ideologia fascista
A rejeição aos partidos tem sido um dos principais pontos de
propaganda da direita que foi às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Apoiados na campanha da imprensa capitalista, que faz fala contra o fundo
partidário, que diz que o Brasil tem muitos partidos etc., sentem-se à vontade
para pregar ideias que são típicas do fascismo.
A organização política em partidos é indispensável para quem
quer travar uma luta política. A burguesia se organiza em partidos para
controlar o Estado e a classe operária, para travar sua luta contra a classe
operária. Lênin definiu a luta entre partidos como a forma mais acabada de luta
política entre as classes.
O fascismo quer suprimir a luta de classes, forçando uma
colaboração de classes pela eliminação de todo tipo de organização própria da
classe operária. Daí que seja ferozmente contra esse tipo de organização que é
a maneira “mais acabada de luta política entre as classes”.
Em junho de 2013, os “coxinhas” procuraram dominar as
manifestações, quando viram que não seria possível derrota-las pela repressão
policial, e sua principal palavra de ordem era “sem partido” e “abaixa a
bandeira”, no que tiveram adesão de alguns setores anarquistas que não
conseguiram perceber o que estava em jogo. Essas palavras de ordem se
desenvolveram posteriormente nas manifestações organizadas pela direita pelo
impeachment de Dilma Rousseff para “meu partido é meu país”.
Esses slogans evidenciam o caráter fascistóide dessas
manifestações.
Os movimentos fascistas são todos antipartidários, o que
normalmente fica oculto pelo fato de que os que foram vitoriosos se integraram
à máquina estatal na forma partidária. Mas eles nascem sempre como movimentos
desvinculados da ideia de partido, como era o caso dos “feixes italianos de
combate”, criados por Benito Mussolini e no Brasil, da Ação Integralista
Brasileira.
As novas organizações fascistas também têm esse caráter, embora
procurem adotar nomes ainda mais suaves, menos “de combate”, como a italiana
Casa Pound, a grega Aurora Dourada ou a francesa Acqua Marine.
O fascismo é profundamente antiparlamentar, o que explica também
porque era natural que as manifestações pelo impeachment de Dilma pedissem a
intervenção militar como solução.
Recentemente, outro fato evidenciou o caráter dos
“antipartidários”. O primeiro-ministro tailandês, o general Prayut Chan-o-cha,
que assumiu após um golpe militar naquele país, declarou à imprensa que nenhum
político partidário faria parte de seu gabinete e defendeu a composição militar
do seu governo.
Os que fazem coro com a campanha contra os partidos,
conscientemente ou não, fazem coro com os que querem suprimir pela força as
contradições do regime político, o que só pode ser feito por meio de uma
ditadura de caráter fascista.
No pco
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