Este artigo não é novo. Ele já percorreu alguns blogues
e sites com o objetivo de ampliar o acesso a mais pessoas sobre o lado “B” do
ícone de desejo – invejado até – de muita gente que se espelha nesse país e sociedade
como o ideal a ser seguido.
São retratos de uma sociedade onde o bem estar da população
como um todo é “só” uma questão de ‘mercado’, onde expressões tipo “justiça social” não costumam sair dos
livros acadêmicos.
Vai ver que apesar da marcação cerrada – da contra
informação – da mídia vendida e antinacional, o Brasil está no caminho certo para
estruturar uma sociedade mais justa para todos, indistintamente!
Hoje, provavelmente muitos destes dados abaixo
devem se atualizados, já que os EUA está
passando por uma séria crise econômica
– que a mídia local esconde e trata como se fosse um privilegio nacional e por
conta da Dilma/PT, confira aqui
– onde, como sempre acontece, “a corda acaba sempre quebrando do lado mais fraco”.
Desde, é claro, que não existam políticas que protejam estes segmentos sociais.
No caso, não existem!
"Maior população prisional do mundo, pobreza
infantil acima dos 22%, nenhum subsídio de maternidade, graves carências no
acesso à saúde... Bem-vindos ao "paraíso americano".
Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes
defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do
planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de
vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de
vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são
constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia
ocidental.
1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de
encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à
medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma
nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas
carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas
fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora.
Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem
financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis
que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como
roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas,
sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população
norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.
2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Contraste social nos EUA está longe de ser
minimamente aceitável.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças
norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade
econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta
saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados
escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior
probabilidade de, quando adultos, serem presos.
3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram
militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números
conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só
no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações
secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas.
Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momento mais
de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.
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Michael Moore: Por que nós, estadunidenses, assassinamos tanto?
O mesmo presidente criou o maior orçamento militar
norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W.
Bush.
4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado
e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as
mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois
de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa
sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas
pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia
à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.
5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de
norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a
ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância
custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público
mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que
chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde
privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome
indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em
casa, torcendo para não morrer.
6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com
índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa.
A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios.
Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os
fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o
consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios
foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para
minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos
contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização
forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário
escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios
caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e
hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo
oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia,
inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra
negros e índios.
7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem
um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro
do Partido Comunista, se tem simpatias anarquistas ou se defende
intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que
sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver
e trabalhar nos EUA por “prova de fraco caráter moral”.
8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para
os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que,
acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse
período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas
vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim
sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de
vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou
sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma
taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente
com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos
estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares,
elevando-se assustadores 500%.
9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro
lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a
comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para
cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos
encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em
torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os
norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.
10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo
menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos
acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente
plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa
explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os
comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou
acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.
Por Antônio
Santos. Artigo originalmente publicado em Diário Liberdade
/ Edição: Pragmatismo Político com Blog do Mouzar
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