Um detalhe
torna a omissão da Justiça exemplar, quando o próprio acusado se entrega, ou melhor,
admite a culpa: “O próprio Aécio e a
mídia amiga dizem considerar o pedido de arquivamento do processo envolvendo o
tucano como uma “absolvição”.
O que
nos resta “é rezar”, como se diz popularmente, já que os deslizes contumazes da
“justiça” – não há como não colocar entre aspas – se acumulam com relação a
dita oposição, e ao mesmo tempo, afia os dentes quando se trata de investigar,
mesmo que falsamente, ou com factoides, o governo.
O que
dá para inferir que o que está em jogo é muito mais do que apurações de delitos
ou desvios de dinheiro público ou de coisas do gênero, sem querer dizer que isto
não seja relevante em si mesmo, mas, é apenas um jogo de cena para desmoralizar
o governo Dilma e por tabela o PT e o Lula, visando à ruptura do processo democrático,
já se antecipando a uma eventual vitoria do Lula em 2018.
Em outras
palavras ou para sintetizar, é o golpe,
puro e simples, por mais que venha revestido, trevestido ou fantasiado de
roupagens “legais”, também entre aspas.
"Em
resumo, o que diz o ministro Teori Zavascki em seu despacho sobre a lista do
procurador-geral da República é que a menção do doleiro Alberto Yousseff a
Aécio ter recebido propina de Furnas não se conecta com o foco da Operação Lava
Jato (corrupção na Petrobrás) e que, pasme-se, o tucano só não será processado,
neste momento, porque faltou investigação contra ele", diz Eduardo
Guimarães, do Blog da Cidadania.
Apesar
de a mídia estar envolvendo Dilma Rousseff na denúncia do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, mesmo com ela não
figurando na relação de denunciados, reportagem do jornal mineiro O Tempo revela
que, dos 34 políticos com foro privilegiado denunciados pelo PGR, apenas dois
já tiveram inquéritos instaurados.
Confira, abaixo, trecho da
matéria do jornal mineiro que trata do assunto.
“Até o momento, apenas Antonio Anastásia
e Fernando Collor tiveram o inquérito instaurado. Os outros nomes estão em fase
de instalação e diligência (ato preparatório para abrir o inquérito, já
autorizado)”
O “deferimento” de diligências
apenas contra Anastásia e Collor pode ser verificado no site do
STF
O significado disso é que as
diligências já feitas contra esses dois parlamentares foram consideradas
suficientes para abertura do inquérito, enquanto que os inquéritos contra os
outros 32 parlamentares ainda requerem diligências adicionais.
Outro dado curioso é que a
mídia põe em evidência principal que Dilma só não foi denunciada pela
Procuradoria porque supostos fatos que a envolveriam ocorreram antes de seu
mandato presidencial, mas deixam de lado o fato de que a situação de Aécio
Neves só não é a mesma porque é mais séria.
Leia, aqui,
o despacho do ministro Teori Zavascki em que aceita “arquivamento” de denúncia
contra Aécio.
Em resumo, o que diz o ministro
Teori Zavascki em seu despacho sobre a lista do procurador-geral da República é
que a menção do doleiro Alberto Yousseff a Aécio ter recebido propina de Furnas
não se conecta com o foco da Operação Lava Jato (corrupção na Petrobrás) e que,
pasme-se, o tucano só não será processado, neste momento, porque faltou
investigação contra ele.
Porém, o despacho de Zavascki
diz, claramente, que Aécio “figura como ‘pessoa física citada’ (fl. 123)” nos
autos do processo que analisou.
O próprio Aécio e a mídia amiga
dizem considerar o pedido de arquivamento do processo envolvendo o tucano como
uma “absolvição”. Porém, não há absolvição alguma. O que o ministro do Supremo
diz, assim como o procurador-geral da República, é que, como o envolvimento de
Aécio no caso conhecido como “lista de Furnas” não foi investigado, e como esse
caso não tem conexão com as investigações da Operação Lava Jato, o tucano não
responderá a inquérito no STF. Por enquanto.
O que se extrai disso tudo,
portanto, é que, entrelinhas, o despacho de Zavascki faz praticamente uma
reclamação em relação à situação de Aécio. Ora, se não há elementos suficientes
por falta de investigação dos fatos envolvendo seu nome, que tudo seja
investigado.
Aliás, a investigação de Anastásia
acabará esbarrando na lista de Furnas e, claro, em Aécio. A mídia diz que
o envio da denúncia contra Antonio Palocci para a primeira instância é “má
notícia para Dilma”. Por que não diz que a instauração de inquérito contra Anastásia
é “má notícia” para Aécio. Talvez por acreditar que, contra tucano, a Justiça
abafa investigações. (Eduardo Guimarães)
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