segunda-feira, 6 de julho de 2015

ONU é só elogios ao Brasil em relatório internacional, na Exame, da Abril. Acredite se quiser


O título parece óbvio demais, como se tivesse sido feito por um dilmista, petista, esquerdista, situacionista ou outro ‘ista’ qualquer do gênero, não é verdade?

A surpresa é que ele, o titulo original que vê acima, é da revista de negócios Exame. É, a exame, da Abril Cultural, a dona de Veja, a editora antinacional e entreguista por excelência, logo, mesmo que você seja uma ‘oposicionista radical’, ficam desfeitas suas restrições para dar uma olhada no texto.

É que as publicações deste grupo, Abril e de seus mais chegados, têm como pratica, simplesmente omitir temas do naipe deste, e se o fazem, ou seja, publicam por serem muito – como poderia dizer... – ‘inescondíveis’, sempre dão um jeitinho de minimizar a coisa, mesmo que seja adulterando ou deturpando fatos e dados, mas, mesmo assim, nesse caso, não têm como omitir.

Então, releve as manifestações ou tentativas de desvalorizar às coisas boas com as pseudo análises e ‘racionalizações’.

Saque só: “... tem a mania...”...

     "São Paulo – Não é de hoje que a Organização das Nações Unidas tem a mania de enfocar o lado positivo e os bons exemplos dos países que aparecem em seus relatórios de análises globais, principalmente quando se trata do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado hoje (veja na íntegra ao final).

Desta vez, porém, fica explícito que o Brasil virou, aos olhos dos organismos internacionais, sinônimo de país que combate a pobreza e mira as desigualdades sociais.

O destaque é mesmo o programa Bolsa Família, citado sete vezes ao longo do relatório como exemplo bem sucedido de transferência de renda. Mas há um debate interno na ONU sobre suas qualidades.

Não só isso: também a política de cotas nas universidades e a evolução do acesso à educação ganham linhas elogiosas - e por vezes pouco críticas, vale destacar.

Tendo como fonte principal estudos e trabalhos acadêmicos, o relatório produzido pelos analistas da ONU pode parecer, aos olhos nacionais, pouco realista em alguns momentos.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), por exemplo, aparece como uma associação civil autônoma de partidos políticos com peso educacional na luta do Brasil para ensinar crianças a ler e escrever (conferir 9º item desta lista).

A finalidade do “Human Development Report 2014”, segundo a ONU, é mostrar como países podem se fortalecer para estarem prontos diante de crises inesperadas, principalmente do ponto de vista social.

Neste ano, o Índice de Desenvolvimento Humano trouxe uma leve melhora do Brasil, que subiu uma posição e ficou em 79º lugar dentre 187 nações.

Confira abaixo as nove vezes em que o país aparece com destaque no relatório de 239 páginas, com os respectivos trechos.
1ª) Programas sociais em países não ricos
Trechos: "Um equívoco comum é que apenas os países ricos podem pagar por proteção social ou por serviços básicos universais. Como este relatório documenta, a evidência vai no sentido contrário."

“Veja o ‘Bolsa de Apoio à Criança’, da África do Sul, que custou 0,7 por cento do PIB em 2008-2009 e reduziu a taxa de pobreza infantil de 43 para 34%. Ou o programa Bolsa Família, do Brasil, que custou 0,3% do PIB em 2008-2009 e foi responsável por 20-25% da redução da desigualdade."
2ª) A importância de olhar o IDH sob o prisma da desigualdade
Trecho: “Outra forma de avaliar o progresso é acompanhar o crescimento do consumo para os 40% mais pobres da população. Por essa medida, alguns países têm se saído bem. Na Bolívia, Brasil e Camboja o crescimento do consumo para os 40% mais pobres tem sido mais rápido do que para a população como um todo."

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